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Na Auto Viação Feirense exige-se o fim da discriminação dos trabalhadores imigrantes

Os trabalhadores da Auto Viação Feirense vão avançar para uma greve. Entre as reivindicações está o fim da descriminação dos trabalhadores imigrantes «em todas as vertentes, particularmente no que respeita ao valor do salário base».

Créditos / Auto Viação Feirense

Num comunicado, a Fectrans informa que entregou um pré-aviso de greve que abrange todos os trabalhadores da Auto Viação Feirense independentemente da área geográfica ou da situação onde se encontram a operar, para uma greve que se irá realizar no próximo dia 7 de Setembro. 

As revindicações dos trabalhadores são várias, mas há uma que salta à vista pela solidariedade de classe que demonstra. Os trabalhadores exigem então o fim da discriminação «em todas as vertentes particularmente no que respeita ao valor do salário base, na contabilização das horas extras e respectivo valor de cálculo, bem como do trabalho nocturno e feriados» dos trabalhadores imigrantes oriundos do Brasil e de Cabo Verde.

Segundo sindicato e trabalhadores é necessário colocar fim a várias ilegalidades com os descontos feitos aos trabalhadores, sendo necessário para isso que se possa aferir a que se referem tais descontos, o seu valor total, bem como o montante da quantia em dívida existente em cada momento desde a contratação.

A par desta reivindicação específica, surge ainda o que os trabalhadores consideram «matérias transversais» a todos os trabalhadores da empresa que, independentemente do local do seu posto de trabalho, todos lutam. É então reivindicada a elaboração atempada das chapas de serviço e escalas, com os serviços discriminados, respectivos intervalos diários e tempos de descanso; o respeito pelo tempo de preparação da viatura no início do serviço conforme consta no Contrato Colectivo de Trabalho; o pagamento do trabalho nocturno, suplementar e feriados e respectivos descontos legais bem como pagamento no mês subsequente à sua realização; a atribuição de salas nos locais de trabalho com condições para guarda dos pertences dos trabalhadores, possibilidade de tornarem urna refeição ou poderem descansar enquanto aguardam serviço ou no intervalo diário; o aumento do subsídio de refeição; e a redução do intervalo diário.

Para a Fectrans esta empresa «não pode estar acima da lei»e «tem que cumprir as convenções colectivas», algo que «a administração já reconheceu não fazer». Além disto, o sindicato considera que é «necessário corrigir e pagar o que é devido aos trabalhadores».
 

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