Os trabalhadores da empresa subcontratada pelo município guipuscoano para tratar dos serviços de jardinagem regressaram ontem ao trabalho, depois de terem estado em greve 115 dias e terem alcançado um acordo, refere o sindicato ELA.
Nos termos do acordo, os funcionários da Elai Serbitzuak passam a ter as mesmas condições laborais que os demais funcionários municipais, o que representa um aumento salarial médio de 20% e uma redução de 108 horas anuais.
A empresa Elai Serbitzuak, que tem sede em Hernani (Guipúscoa) e integra o Grupo Ansareo, «esteve desaparecida da mesa de negociações», afirma o ELA, acrescentando que se limitou a manter a sua «proposta insuficiente», feita a 20 de Março deste ano.
A 9 de Dezembro, as funcionárias da loja da H&M no La Morea entraram em greve, denunciando que a maioria recebe cerca de 500 euros, enquanto a empresa distribuiu 20 milhões de euros em dividendos. As 18 trabalhadoras da H&M no Centro Comercial La Morea, em Iruñea-Pamplona, cumpriram 200 dias de greve esta terça-feira, 27 de Junho. Por isso, ontem levaram a cabo uma acção na Praça do Município, sob o lema «Se a vender não ganhamos, então doamos. Condições de trabalho baratas», junto a cartazes em que se lia «H&M em greve» e «Nós precárias, vocês milionários». Com a acção, informa o sindicato ELA, as grevistas quiseram chamar a atenção para aquilo que motiva a greve por tempo indeterminado, nomeadamente o facto de estarem desde 2009 com os salários congelados, sem actualizações de acordo com o índice de preços ao consumidor e com uma perda de poder de compra que estimam em quase 25%. A principal reivindicação das funcionárias da loja da H&M no La Morea é o aumento dos salários, já que a maioria recebe 500 euros por mês. Enquanto isso, a empresa distribuiu 20 milhões de euros em dividendos. Numa conferência de imprensa no início desta semana, as trabalhadoras da loja da H&M no Centro Comercial La Morea em Pamplona (Iruñea) anunciaram que vão dar sequência à greve que mantêm desde 9 de Dezembro. Segundo revelou o sindicato ELA, que as representa, das 18 trabalhadoras da loja apenas oito têm horário completo – cujo salário ronda os mil euros. As restantes dez funcionárias na capital navarra estão a meio tempo e, como tal, não recebem mais que 500 euros por mês. O ELA, que está a acompanhar e a denunciar esta situação, afirma que têm o salário congelado desde 2009 e alertou para a perda de 20% do poder de compra destas trabalhadoras. Referiu ainda que a greve por tempo indeterminado, iniciada a 9 de Dezembro, não se centra exclusivamente em matérias salariais, mas também na melhoria geral das condições de trabalho. São igualmente objectivos da greve a adopção de medidas contra a abertura aos domingos e feriados, a consolidação das jornadas de trabalho e impedir que as vendas on line destruam postos de trabalho. «A empresa, que entre 2020 e 2021 facturou 822 milhões de euros e distribuiu 20 milhões de euros em dividendos pelos seus accionistas, continua sem negociar», denuncia a estrutura sindical. Neste sentido, as trabalhadoras vão prosseguir com a greve e as mobilizações, tendo como objectivo «forçar a negociação de um acordo de empresa». Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. A paralisação iniciada a 9 de Dezembro não se centra exclusivamente em matérias salariais, mas também na melhoria geral das condições de trabalho, sendo igualmente objectivos da luta a adopção de medidas contra a abertura aos domingos e feriados, a consolidação das jornadas de trabalho e impedir que as vendas on line destruam postos de trabalho. De acordo com a organização sindical, durante a greve, a proposta da empresa não foi além dos 3% de aumento – longe das perdas salariais em termos reais e sem atender às demais reivindicações das trabalhadoras. Neste sentido, o ELA denuncia que a H&M continua a manter-se fechada a «negociações reais e, como tal, que ponham fim a este conflito». «A empresa, que entre 2020 e 2021 facturou 822 milhões de euros e distribuiu 20 milhões de euros em dividendos pelos seus accionistas, continua sem negociar», enquanto as trabalhadoras ganham à volta de 500 euros por mês, denuncia a estrutura sindical. Desta forma, as trabalhadoras vão continuar a greve e as mobilizações, tendo como objectivo «forçar a negociação de um acordo de empresa». Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Internacional|
Trabalhadoras da H&M em Pamplona há 200 dias em greve
Internacional|
Trabalhadoras da H&M em Pamplona em greve desde 9 de Dezembro
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Foi precisamente em Março que os trabalhadores de jardinagem subcontratados pelo Município de Hodarribia decidiram entrar em greve, tendo realizado várias paralisações de então para cá, muitas vezes com uma adesão de 100%, de acordo com o ELA, para quem a atitude da empresa fez com que «a greve se prolongasse».
Eleições municipais trouxeram novidades
Pelo meio, houve mudanças na autarquia, que, em Maio último, passou das mãos do PNV (direita basca) para a plataforma Abotsanitz (progressista). O novo executivo municipal e o novo presidente da Câmara, Igor Enparan, deixaram claro à empresa que devia encontrar uma solução para o conflito.
O sindicato ELA reconhece esta mudança de atitude a nível autárquico, sublinhando que, se o anterior executivo «fazia ouvidos moucos às exigências dos trabalhadores», o grupo que entrou em funções a 29 de Maio «manteve uma atitude totalmente diferente».
Em todo o caso, a greve e as mobilizações continuaram, e só ao longo do mês de Agosto se foi estruturando o acordo que agora se materializa, revela o ELA no seu portal, acrescentando que os trabalhadores fazem uma «avaliação muito positiva do acordo» e vão reaver o «dinheiro que a empresa subcontratada lhes retirou indevidamente».
Para a estrutura sindical, fica claro que, «quando se combina luta dos trabalhadores com vontade política», as empresas subcontratadas pela administração pública «podem alcançar condições dignas».
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