Na véspera de dois dias de greve (2 e 3 de Novembro), convocada pelos enfermeiros do Centro Hospitalar Médio Tejo (CHMT) e o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP/CGTP), a administração hospitalar enviou um ofício à estrutura sindical a assumir um conjunto de compromissos para travar a acção de luta destes profissionais.
O CHMT, responsável pela gestão de três unidades hospitalares (Abrantes, Tomar e Torres Novas), manifestou a sua disponibilidade para fazer a contagem integral das carreiras dos enfermeiros destes hospitais entre 2004 e 2014, com retroactivos a 1 de Janeiro de 2022 e o seu pagamento já em Novembro. Está ainda perspectivada uma «eventual mudança de posição remuneratória a 1 de Janeiro de 2023»
A valorização dos enfermeiros que, mediante concurso prévio, tomaram posse na categoria de Enfermeiro Especialista, também estará em análise por parte da administração. A cedência mais relevante, no entanto, com repercussão imediata para a vida de dezenas de milhares de utentes das três unidades hospitales da CHMT, é a reversão do «despedimento» de vários enfermeiros contratados a prazo.
Em comunicado, o SEP anuncia que a administração vai «manter os enfermeiros com contratos a termo e promover os necessários contratos de substituição e continuará a desenvolver os melhores esforços para que seja autorizada a contração destes enfermeiros para o quadro de pessoal da Instituição».
Ainda que a greve agendada para 2 e 3 de Novembro tenha sido desconvocada, esta estrutura sindical «continuará atenta ao cumprimento dos compromissos por parte da administração». Por enquanto, há que ressalvar: «vale a pena lutar».
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