Nicolás Maduro recebeu ontem, no Palácio Miraflores, o diplomata venezuelano, que «resistiu 1280 dias, 40 meses, nas condições mais adversas, mais dolorosas, de sequestro». «No final, triunfou a verdade, triunfou a justiça», disse Maduro, citado pela TeleSur.
O encontro em Miraflores, sede do governo, em Caracas, seguiu-se ao anúncio, em comunicado do executivo bolivariano, de que Alex Saab tinha sido libertado.
«O povo recebe-o com orgulho, depois de ter sofrido três anos e meio de detenção ilegal com tratamentos cruéis, desumanos e degradantes, violando os seus direitos humanos e a Convenção de Viena que lhe confere imunidade diplomática», afirmou o texto.
Sublinhando que Alex Saab é «uma vítima da retaliação do governo dos Estados Unidos pelos seus excepcionais esforços internacionais» face ao «recrudescimento das medidas coercivas unilaterais», o governo de Caracas classificou a sua libertação como «símbolo de vitória da Diplomacia Bolivariana da Paz e dos milhares de manifestações de solidariedade em todo os recantos do mundo».
No Palácio de Miraflores, Nicolás Maduro agradeceu a todos os que participaram nas negociações que conduziram ao «resgate» do diplomata, «são, vivo e livre», a quem classificou como um homem «corajoso», cujo único crime foi o de tentar «vencer as sanções e bloqueio criminosos» impostos ao país caribenho, e procurar medicamentos na época da pandemia.
Recorde-se que o Ministério venezuelano dos Negócios Estrangeiros já tinha emitido uma nota em que voltava a lembrar que, «no momento da sua ilegal captura, Saab viajava para o Irão na qualidade de agente diplomático do Estado venezuelano, de modo a facilitar a aquisição de alimentos, tendo em conta o impacto das medidas coercivas unilaterais sobre os Comités Locais de Abastecimento e Produção».
Saab, que aterrou ontem no Aeroporto Internacional Simón Bolívar, em Maiquetia, disse na presença de Maduro sentir-se orgulhoso de servir o povo da Venezuela e «este governo humano, leal, que não abandona, a um governo que, como eu, nunca se rende, e a um povo que também jamais se renderá». «Venceremos sempre», afirmou.
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