A criação artística de Xullaji (rapper e activista Nuno Santos, anteriormente conhecido por Chullage) e do grupo de teatro comunitário foi produzido a partir de textos escritos e reescritos desde 2012, que agora ganham voz, sendo proclamados, cantados e rappados, projectados em vídeo e disparados em áudio, juntando sete pessoas em palco e chamando um sem-número de vozes ancestrais.
Espectáculo multidisciplinar, Templo de Sílica combina música, teatro e vídeo, constituindo um ensaio sobre tecnolatria, fascização tecnológica, colonialismo digital e necropolítica. «A peça explora a ideia da humanização das máquinas e da robotização dos humanos, associada às economias extractivas intensivas», assumindo-se como «uma crítica direcionada à ligação obsessiva das pessoas com a tecnologia», afirma o presidente da Câmara do Seixal, que apoiou o projecto.
Dirigido a maiores de 14 anos e com uma duração de 60 minutos, Templo de Sílica estará em cena no Auditório Municipal do Fórum Cultural do Seixal, hoje e amanhã, sempre às 21h30.
Peles Negras, Máscaras Negras – Teatro do Escurecimento, de que Xullaji foi co-fundador, é um grupo de teatro comunitário que mantém uma prática de debate junto da comunidade africana da periferia e que actua junto da mesma.
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