«Cinquenta anos depois do 25 de Abril de 1974, esta é uma comédia social que retrata o corpo-a-corpo de uma geração com as suas expectativas políticas.», lê-se na sinopse da peça que o Teatro da Terra levou à cena no Auditório Municipal do Fórum Cultural do Seixal, no último fim-de-semana, e que volta a subir ao palco nos próximos dias 13, 14 e 15 de Junho, sempre com início às 21h30.
A peça fala-nos de «Artur e Vítor, nascidos em África e filhos de colonos, ambos jovens revolucionários aquando da descolonização e que resolveram embarcar no espírito do tempo, romper com as famílias e ficar no país novo, contribuindo para a mudança do mundo. Tarefa a que se entregaram durante décadas, tendo constituído famílias mestiças.», refere a apresentação. Agora, prossegue, «estão na idade madura, o cenário geopolítico mudou completamente as perspectivas e grande parte dos frutos que caíram da árvore apodreceram no chão. Na idade do balanço, receiam concluir que o mundo é que os mudou e que a globalização desmantelou todos os valores em que acreditavam. Mas quem traiu o quê, se as ilusões eram de todos? Resolvem então encenar uma peça que adapte Gil Vicente à realidade política que os envolve».
O presidente da Câmara Municipal do Seixal, Paulo Silva, sublinha num comunicado que a peça surge com a oportunidade dos festejos do cinquentenário da Revolução de Abril. «Fala-nos das repercussões da descolonização e dos problemas das gerações de colonizadores e dos seus descendentes em se adaptarem, nesse tempo, à nova realidade social e política, quer nos países descolonizados, quer na metrópole que se encontrava em constante mudança», afirma.
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