Num comunicado a que a agência Sana faz referência, o Ministério dos Negócios Estrangeiros relembra que as forças de ocupação israelitas lançaram um ataque aéreo, na madrugada de domingo, contra vários destacamentos militares na Região Sul e contra um edifício residencial no Bairro de Kafer Souseh, em Damasco.
Os ataques provocaram a morte de um soldado sírio e ferimentos noutros três, além de grandes danos materiais em edifícios residenciais e infra-estruturas, revela o texto.
Condenando mais este ataque israelita contra o seu território – o terceiro no espaço de uma semana –, Damasco alerta para «uma escalada perigosa com sequelas incontroláveis e consequências nefastas imprevisíveis».
O governo sírio chama também a atenção para o modo como o «contínuo silêncio internacional relativamente ao desprezo de Israel por todas as leis e convenções internacionais», incluindo os «crimes de genocídio em Gaza», mina a «capacidade do sistema internacional para enfrentar estas graves violações».
Tal como o fez noutras ocasiões, Damasco pede às Nações Unidas que «assumam as suas responsabilidades de pôr fim aos sistemáticos crimes israelitas», e reafirma o direito a defender a sua soberania pelos meios legítimos que o direito internacional garante.
Antes, o Ministério da Defesa havia informado que os mísseis israelitas foram disparados a partir da direcção dos Montes Golã ocupados e que as unidades de defesa aérea tinham entrado em acção para repelir um ataque em que «o inimigo lançou um grande número de projécteis».
Israel bombardeia com frequência o território sírio. Na passada terça-feira, dia 9, as forças israelitas atacaram um carro na auto-estrada que liga Damasco a Beirute, no Líbano, e uma posição nas imediações da cidade costeira de Banias (província de Tartous).
Apelo a um «despertar mundial para travar os massacres israelitas» em Gaza
Numa declaração do Ministério dos Negócios Estrangeiros, o governo sírio reafirmou, este domingo, o seu apoio aos direitos do povo palestiniano e exigiu «um despertar mundial das consciências e trabalho diligente para deter os crimes de Israel».
No documento, Damasco afirma que os massacres na Faixa de Gaza «estão a ser cometidos diante dos olhos dos Estados Unidos e dos países ocidentais», que alegam estar a trabalhar em iniciativas para travar «tais actos atrozes».
No entanto, denuncia o texto, essas iniciativas «apenas procuram dar mais tempo aos criminosos do governo sionista para completar o seu sujo objectivo de exterminar o povo palestiniano».
A diplomacia síria instou a chamada comunidade internacional a não guardar silêncio face à escalada de massacres sionistas e destacou a necessidade de «obrigar Israel a cumprir o direito internacional».
No dia anterior, sábado, a forças israelitas de ocupação realizaram quatro massacres na Faixa de Gaza cercada há 17 anos, nos quais foram mortos pelo menos 141 palestinianos e mais de 400 ficaram feridos, indica a Wafa, com base em fontes médicas.
A mesma fonte indicou este domingo que, desde 7 de Outubro, a agressão israelita provocou 38 584 mortos (documentados) e 88 881 feridos.
Acrescentou que as ambulâncias e as equipas de resgate da defesa civil ainda não conseguem chegar à maioria das vítimas (feridos e mortos) sob os escombros ou espalhadas pelas ruas, devido aos obstáculos colocados pelas forças de ocupação.
Contribui para uma boa ideia
Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.
O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.
Contribui aqui