|Médio Oriente

Tribunal Popular de Justiça para Gaza organizado em Damasco

Com juízes e juristas de Argélia, Egipto, Iraque, Líbano e Síria, a Fundação da Liga das Nações Árabes realizou um tribunal popular de justiça para Gaza, sujeita à agressão sionista desde Outubro.

Com a iniciativa, a Fundação da Liga das Nações Árabes procura activar as massas na luta jurídica contra o ocupante sionista Créditos / Sana

O objectivo da iniciativa, segundo indica a Sana, é activar o papel popular, bem como organizar e mobilizar as massas na luta jurídica contra o ocupante israelita e os crimes que comete.

Ao longo de sábado, o tribunal ouviu um conjunto de argumentos apresentados por estudantes de doutoramento na área do Direito Internacional de universidades sírias e outros países árabes, no âmbito de um concurso intitulado «Melhores argumentos jurídicos contra os crimes sionistas cometidos na Faixa de Gaza».

A Fundação da Liga das Nações Árabes, que dinamizou a iniciativa por Gaza na capital síria, é uma organização não governamental (ONG) reconhecida em diversos países, e dedica-se a questões sociais, culturais, do desenvolvimento, da juventude e do património, bem como de assuntos palestinianos, indica a Sana.

Doutorandos em Direito Internacional em universidades árabes apresentaram argumentos jurídicos contra os crimes sionistas na Faixa de Gaza / Sana  

Em declarações à agência, Hala al-Asaad, secretária-geral da Fundação, explicou que este tribunal faz parte de um plano que visa promover a cultura da resistência jurídica contra os crimes sionistas.

«Este tribunal é um ponto de partida para permitir aos estudantes de doutoramento realizar trabalhos públicos internacionais em defesa da nação árabe», disse al-Asaad, sublinhando a necessidade de «chamar a atenção para o que está a acontecer na Faixa de Gaza em termos de crimes e violações cometidos pela ocupação contra o povo de Gaza».

A secretária-geral destacou ainda o facto de o posicionamento deste tribunal coincidir com os que têm sido expressos pelos estudantes a nível mundial no que toca à questão humanitária na Palestina.

O juiz libanês Muhammad Tay afirmou que o tribunal decidiu por unanimidade criminalizar os actos cometidos pelos dirigentes e soldados da ocupação israelita, bem como os países, organizações e grupos que participam na consecução desses actos criminosos, ou os apoiam e financiam, e contribuem para que existam.

Também condenou os dirigentes israelitas com penas estipuladas pelas leis nacionais e internacionais, e pediu que os estados e organizações internacionais sejam obrigados a processar os perpetradores destes crimes e a impor-lhes as penas mais severas.

De acordo com as autoridades de saúde em Gaza, de 7 de Outubro até ontem as forças de ocupação israelitas provocaram a morte a pelo menos 37 877 palestinianos no enclave costeiro. No mesmo período, 86 969 palestinianos ficaram feridos em resultado dos ataques israelitas.

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