São números impressionantes, especialmente quando se trata de um país que sofre um criminoso bloqueio. Ainda assim, a exigência revolucionária leva a que os dirigentes cubanos gizem mecanismos para contrariar atrasos verificados. Cuba está a avançar com um plano habitacional e, embora o cumprimento das metas do presente ano não estejam ao nível do período homólogo do ano passado, ainda há soluções.
Esta semana, os governadores cubanos reuniram em Havana com o primeiro-ministro do país, Manuel Marrero Cruz, e analisaram o incumprimento das directivas do programa de habitação e a produção local de materiais de construção.
Com toda a transparência, no final da reunião foi anunciado que até ao final de Agosto tinham sido concluídas 5262 casas no país, um número que representa cerca de 39% da meta para este ano de 2024.
Veja-se que no passado ano, a 27 de Novembro, houve também uma reunião similar, na qual foi anunciado que no final de Outubro, apenas cerca de 13300 edifícios tinham sido concluídos no país, 54% do plano anual. No final desse ano, os cubanos chegaram às 16065 casas construídas, ou seja, alcançaram 65% do plano
Em 2023 era apontado como principal causa para o atraso a falta de cimento e de aço, condicionantes objectivas resultantes do embargo imposto pelos Estados Unidos, mas também os métodos e as formas de trabalhar.
A par destes factores, segundo a imprensa local, os atrasos nas metas estão associados a graves falhas de comunicação interna entre os governos provinciais e os municípios, bem como fragilidades no preenchimento dos quadros de pessoal.
Importa relembrar que estes elementos são colocados a partir de um ponto de vista auto-crítico, algo que só evidencia a grande exigência com que os governantes cubanos encaram a questão da habitação.
Além da construção de casas, a reunião serviu ainda para abordar a transformação social dos bairros vulneráveis, em que a utilização dos orçamentos locais, a participação das populações e o papel dos assistentes sociais são centrais.
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