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Greve na distribuição porque a luta é como o Natal: quando os trabalhadores quiserem

O CESP emitiu um pré-aviso de greve para o dia 24 de Dezembro no sector da distribuição, o mesmo que é responsável por 12,4% do PIB nacional e mesmo assim quer impor salários mínimos, bancos de horas e a generalização da precariedade por via dos contratos a prazo.

CréditosJosé Coelho / Lusa

Na véspera de Natal, os trabalhadores das empresas de distribuição estarão em greve pela negociação do seu contrato colectivo de trabalho (CCT), com acções por todo o país. Quem convoca a greve é o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP) que está neste momento a negociar com o patronato, um processo difícil na medida em que este último nega toda e qualquer melhoria nas condições de vida dos trabalhadores.

De acordo com a estrutura sindical, as empresas de distribuição, responsáveis por 12,4% do PIB nacional, empregam mais de 140 mil trabalhadores com salários mínimos, horários desregulados e ritmos de trabalho extremamente intensos.

«Nos últimos anos, têm apresentado ao Sindicato representativo dos seus trabalhadores, o CESP, propostas de actualização do CCT inaceitáveis — não aceitamos acordos que contenham salários mínimos, bancos de horas, nem a generalização da precariedade por via dos contratos a prazo no sector», pode ler-se no comunicado do sindicato enviado à comunicação social.

Para concretizar a acção de luta estão agendados três piquetes de greve: um no Centro Comercial Alegro, em Setúbal; outro no Continente da Quinta do Mocho, em Portimão; e ainda no Lidl de Vagos, em Aveiro. 
 

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