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MPPM saúda cessar-fogo em Gaza, condição necessária mas não suficiente para a paz

O Movimento Pelos Direitos do Povo Palestino e Pela Paz no Médio Oriente (MPPM) alerta que a paz só será efectiva quando o povo palestino concretizar o seu direito a viver numa pátria livre e independente.

Palestinianos, que aproveitam o cessar-fogo para tentarem regressar a suas casas, caminham por uma estrada ladeada pelas ruínas causadas pelos bombardeamentos israelitas, na zona de as-Saftawi, em Jabalia, na Faixa de Gaza, a 19 de Janeiro de 2025 
Palestinianos, que aproveitam o cessar-fogo para tentarem regressar a suas casas, caminham por uma estrada ladeada pelas ruínas causadas pelos bombardeamentos israelitas, na zona de as-Saftawi, em Jabalia, na Faixa de Gaza, a 19 de Janeiro de 2025 CréditosOmar Al-Qattaa / AFP

O MPPM sublinha que o cessar-fogo não pode fazer esquecer os milhares de mortos e feridos causados pelos bombardeamentos, para além dos milhares «soterrados debaixo dos escombros e as incontáveis vítimas devido à falta de água, de alimentos e de assistência médica, deliberadamente provocadas».

O Movimento chama a atenção para o facto de que o acordo a que se chegou «poderia ter sido obtido há longos meses, e não o foi devido a sucessivas recusas dos dirigentes israelitas». Por outro lado, recorda que, apesar da violência sem precedentes da agressão, Israel não alcançou os objectivos estratégicos que proclamou: «a resistência não foi aniquilada, muitos presos palestinos serão libertados das masmorras israelitas e o povo palestino, ainda que martirizado, continua a resistir».

Os Estados Unidos, que agora se apressam a apresentarem-se como promotores do acordo de cessar-fogo, para além de cúmplices, são «co-autores do massacre genocida a que os palestinos foram submetidos», tendo em conta que foi com o seu dinheiro, armas e munições, e protecção política, que Israel «levou a cabo o massacre».

O MPPM lembra ainda o «papel igualmente ignominioso desempenharam países ocidentais como o Reino Unido, a Alemanha e a França, e bem assim a União Europeia».

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