O Sindicato dos Trabalhadores da Actividade Financeira (SinTAF/CGTP-IN) realizou, na tarde de quarta-feira, um plenário de trabalhadores do BNP Paribas em duas localizações: um no edifício do Colombo, em Lisboa, e outro no Edifício Arts, na EXPO. As duas sedes estavam conectadas online, permitindo uma larga participação.
O sucesso do plenário, a par da participação, prende-se também pela superação de dificuldades impostas pela empresa. Segundo o sindicato, o patronato dificultou o acesso à sala marcada para a realização do plenário no Edifício Arts, algo que não demoveu os trabalhadores.
Durante a reunião, foram destacadas os principais pontos de insatisfação. Os salários foram o aspecto mais levantado, com a maioria dos trablhadores a receber cerca de 920 euros líquidos, valor considerado insuficiente para as responsabilidades assumidas, que incluem operações complexas e, frequentemente, a utilização de várias línguas estrangeiras.
Além disso, os trabalhadores denunciaram a subjetividade e a falta de critérios claros nas avaliações de desempenho, que impactam diretamente os prémios. Comparando as condições de trabalho em Portugal com as dos colegas de outros países europeus, como Espanha, Itália e França, os trabalhadores portugueses afirmam estar em desvantagem, com condições laborais significativamente inferiores.
No comunicado sobre as conclusões da reunião, a estrutura sindical expõe a dúvida dos trabalhadores levantada durante o plenário: porque razão as condições dos trabalhadores da BNP Paribas em Portugal são bastante piores que as dos seus colegas noutros países europeus? E encerram com o que serão os próximos passos da luta no banco: «Os trabalhadores pretendem iniciar negociações por um Acordo de Empresa justo. Não se revêem no actual.»
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