O que a administração da MEO demonstrou na segunda reunião de conciliação (mediada pelo Ministério do Trabalho), realizada no passado dia 14 de Abril, é que «não tem qualquer respeito por quem produz a riqueza da Altice/MEO». A prática instituída pela CEO, Ana Figueiredo, e os gestores que a antecederam passa sempre por «desumanizar» a força produtiva, pagando-lhes o mínimo possível.
Em comunicado conjunto, o Sinttav, SNTCT e STT (da CGTP-IN) e os sindicatos Sindetelco/UGT, Sicomp, Tensiq, FE e Sinquadros, consideram que este é o momento de os trabalhadores se unirem e mostrarem a sua força. «A luta pelos nossos direitos é uma luta de todos nós. Vamos fazer ouvir a nossa voz e exigir o que é justo!».
Com receitas anunciadas de três mil milhões de euros, os sindicatos questionam o propósito destas reuniões sobre o protocolo, quando o patronato subsequentemente trata de nunca cumprir com o que é discutido. «Fazem-se uma ou duas reuniões, não fazem actas, nada fica concluído, os temas vão passando de ano para ano».
Já na primeira reunião de conciliação, a 4 de Abril, os representantes da empresa se tinham «refugiado em matérias laterais que não fazem parte da negociação» para evitar aumentar salários. Tentaram «valorizar o aumento de 1 euro no subsídio de refeição, que só é pago a 11 meses em vez dos 14 meses e não reflecte valor após a vida activa dos trabalhadores», e lembraram que tinham feito o aumento de um dia de férias, «que é positivo, mas não acrescenta valor ao subsídio de férias».
Os trabalhadores da MEO precisam de «aumentos dos salários e diuturnidades», consideram os sindicatos. E certamente a CEO e a restante administração encontraram o dinheiro suficiente entre os 800 milhões de euros de lucros que a empresa tem anunciado, ano após ano, nos últimos tempos.
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