Milhares de trabalhadores da Administração Pública manifestaram-se hoje do Marquês do Pombal até à Assembleia da República, exigindo ao Governo que considere várias reivindicações no Orçamento de Estado para 2017.
Na resolução aprovada, os trabalhadores exigem respostas às dificuldades vividas pelos trabalhadores, «resultantes de décadas de políticas de esbulho e ataque aos seus direitos».
Apesar de considerarem que «com a luta dos trabalhadores, já foi possível reconquistar alguns direitos», consideram que não chega e é insuficiente.
«Arménio Carlos lembra que é possível, com opções políticas que cortem na despesa supérflua, para libertar dinheiro para melhorar os salários dos trabalhadoreso»
Os trabalhadores dizem ser «urgente o aumento digno dos salários e das pensões, a reposição do pagamento do trabalho extraordinário, das horas de qualidade, do suplemento de insalubridade, penosidade e risco e demais suplementos, o descongelamento das posições remuneratórias, a dignificação das carreiras, o respeito e dinamização da negociação colectiva, a abertura de concursos, a erradicação da precariedade na Administração Pública, e a revisão urgente das normas mais gravosas da Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas». Entre outras questões, estão também o aumento real dos salários e pensões em 4%, o aumento do subsídio de refeição para 6,5 euros e as 35 horas para os trabalhadores com contrato individual de trabalho.
Na sua intervenção, Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP-IN, fala de um processo: «é chegada a altura de o Governo do Partido Socialista perceber que tem que ouvir os trabalhadores da Administração Pública e tem que ir mais longe». Para o dirigente da Intersindical, mais do que apenas repor, é preciso neste momento «melhorar, responder aos problemas». E o aviso continua ao Governo: as reivindicações «não podem ser empurradas com a barriga para a frente. É para agora!».
Arménio Carlos lembra que é possível, com opções políticas que cortem na despesa supérflua, para libertar dinheiro para melhorar os salários dos trabalhadores. Volta a propor o corte nas Parcerias Público-Privadas, nos contratos swap, nas despesas externas, e a renegociação da dívida.
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