O ministro das Finanças apresentou as linhas gerais do Programa de Estabilidade que será entregue em Bruxelas na próxima semana aos sindicatos e aos patrões. Do que lhes foi transmitido, os primeiros entenderam que não há qualquer intenção de proceder a aumentos salariais aos trabalhadores do sector público por parte do Executivo.
Foi isso que afirmaram Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP-IN, e Lucinda Dâmaso, presidente da UGT. A Intersindical não aceita que a discussão sobre o aumento dos salários seja remetida para depois do Verão, na prepração do Orçamento do Estado para o próximo ano. Recorde-se que os trabalhadores da Administração Pública não têem qualquer aumento desde 2010.
Mário Centeno não falou em concreto da intenção do Governo quanto a aumentos salariais, apenas referindo os efeitos do descongelamento da progressão nas carreiras. O governante também não falou de metas orçamentais, à excepção da dívida, que diz esperar que desça 23 pontos percentuais do Produto Interno Bruto (PIB) nos próximos cinco anos. Apesar de ter descido em percentagem do PIB em 2017, o volume da dívida continua a subir.
O secretário-geral da CGTP-IN afirmou que o Governo coloca os «trabalhadores em segundo plano enquanto trata os credores nas palminhas».
Os salários devem ser um dos temas fortes na discussão do Orçamento do Estado para 2019, mas também no sector público. A exigência de aumentos salariais é uma das conclusões da última reunião do Conselho Nacional da CGTP-IN, assim como a fixação dos 600 euros como mínimo. Também a discussão em torno do salário mínimo nacional deve surgir, já que a meta do acordo entre o Governo e o BE está muito ultrapassada pela dinâmica reivindicativa. Recorde-se que a CGTP-IN exigia que os 600 euros fossem alcançados já este ano, devendo fixar um valor superior para o próximo.
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