Na «Carta de reivindicações imediatas dos trabalhadores e utentes do transporte fluvial no rio Tejo», são exigidas medidas para a reposição da qualidade do transporte prestado pelas duas empresas públicas, a Transtejo e a Soflusa, que, segundo é exposto, se tem vindo a degradar em virtude do desinvestimento e da redução de trabalhadores verificados nestes últimos cinco anos. Esta situação conduz a uma imobilização grande de navios, que origina a sistemática supressão de carreiras.
A eliminação de carreiras tem sido uma constante nos últimos dias, devido à paragem de várias embarcações, por falta de manutenção, denuncia a União dos Sindicatos de Setúbal (USS).
A estrutura sindical informa que, na Transtejo, das oito embarcações necessárias para efectuar a travessia só seis se encontram operacionais, e, na Soflusa, das sete embarcações necessárias, só seis se encontram operacionais para o serviço à hora de ponta. Refere ainda que num total de 22 embarcações afectas à Transtejo só seis se encontram em condições de navegabilidade.
Medidas imediatas para repor a operacionalidade das frotas
A carta reivindicativa coloca à tutela um conjunto de medidas imediatas de forma a que se reponha a operacionalidade das frotas, a fiabilidade do serviço, e se defenda e promova o serviço público de transporte fluvial de qualidade e com segurança.
As entidades que subscrevem esta carta reivindicam o lançamento urgente de acções de recuperação e manutenção regular, necessárias à normalização da frota para repor o nível de operacionalidade necessário.
Defendem ainda a alocação urgente por parte da tutela dos meios financeiros indispensáveis à reposição do stock de peças necessárias às operações de manutenção, de modo a evitar a imobilização de navios por pequenas avarias.
As estruturas propõem também o lançamento de um programa de admissões de pessoal e formação profissional, que reponha o número de trabalhadores necessários à operação e volte a permitir responder às necessidades diárias de manutenção, evitando a paragem de navios.
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