Eleições em Espanha

Resultados repetem ausência de maioria de absoluta

Eleições espanholas confirmam previsões e ninguém chega aos 176 deputados necessários para ter maioria sozinho. PP e PSOE perderam perto de 5 milhões de votos desde 2011.

Nenhum partido garantiu os 176 deputados necessários para formar uma maioria absoluta
CréditosDilema / CC BY 3.0

Os espanhóis voltaram a dizer não a PP e PSOE na segunda chamada às urnas em seis meses. Se os Populares conseguiram mais votos face a Dezembro de 2015, o resultado de hoje comparado com o de 2011, o que justifica a presidência do Governo de Mariano Rajoy, mostra uma perda superior a 10 pontos percentuais, 3 milhões de votos e quase 50 deputados. Já o PSOE segue a tendência de perda e, apesar de segurar a sua expressão eleitoral, perde 5 deputados. Face às eleições gerais de 2011, os dois partidos perdem 4,6 milhões de votos e 75 deputados.

Estes resultados confirmam a penalização dos partidos que governam o país desde 1982. A tendência repete-se depois de se já ter verificado em vários países da Europa, em relação a partidos que governaram de forma alinhada com a União Europeia, retirando direitos sociais e laborais.

As candidaturas do Podemos com a Esquerda Unida e outras forças manteve o número de deputados eleitos em Dezembro. Apesar de não se ter materializado a expectativa criada nas últimas sondagens, estas mantêm-se como forças determinantes à esquerda.

Resultados finais (99,91% apurados)

Partido Popular (PP): 33%, 137 deputados

Partido Socialista (PSOE): 22,7%, 85 deputados

Unidos Podemos (IU+Podemos): 21,1%, 71 deputados

Cidadãos (C's): 13%, 32 deputados

Esquerda Republicana da Catalunha (ERC): 2,6%, 9 deputados

Convergência Democrática da Catalunha (CDC): 2%, 8 deputados

Partido Nacionalista Basco (PNV): 1,2%, 5 deputados

Bildu (País Basco): 0,8%, 2 deputados

Coligação Canária (CC): 0,3%, 1 deputado

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