O Sindicato dos Trabalhadores da Actividade Financeira (Sintaf/CGTP-IN) denuncia, em comunicado, o despedimento dos 19 trabalhadores da unidade de arquivo do Novo Banco, situado nas instalações de Palmela.
O Sintaf opõe-se à intenção de «externalização» do serviço, considerando ilegal que esta venha a ser utilizada para concretizar a extinção dos postos de trabalho. Denuncia ainda o recurso a «chantagem psicológica e assédio moral» nos processos de despedimento que se sucedem, «contrariando todas as informações que a administração deu em Fevereiro».
A administração do banco propôs uma «rescisão por mútuo acordo» aos trabalhadores na passada sexta-feira, dando como prazo para que os trabalhadores respondam o dia de hoje, quarta-feira, «sempre com o cutelo do despedimento por extinção do posto de trabalho».
Na apresentação dos resultados de 2016, o presidente do conselho de administração do Novo Banco, António Ramalho, indicou que as 1500 saídas de trabalhadores já concretizadas até então cumpriam com a meta imposta por Bruxelas até Junho, de acordo com o plano de reestruturação.
O Novo Banco está em processo de venda ao fundo abutre Lone Star, através da qual não é expectável que venham a ser recuperados os 3,9 mil milhões de euros injectados no banco após a falência do BES, em Agosto de 2014, por decisão do anterior governo.
Nas últimas semanas, foram concretizadas duas operações de venda de activos: 75% do Novo Banco Ásia foi alienado a um grupo de investidores de Hong Kong por 145,8 milhões de euros e 41% da Nanium (ex-Qimonda), com 550 trabalhadores na unidade de Vila do Conde, à americana Amkor, por valores não revelados.
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