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Greve dos técnicos de diagnóstico com adesão acima dos 80%

A adesão à greve dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica, que começou esta quinta-feira por tempo indeterminado, está acima dos 80%, disse à Lusa fonte sindical.

Estes profissionais são actualmente o único grupo de licenciados do Serviço Nacional de Saúde que não têm uma carreira compatível com o seu nível de qualificação
Créditos / AbrilAbril

Estes técnicos exigem a aprovação imediata do diploma que cria a carreira destes profissionais de saúde.

Segundo o presidente do Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das áreas de Diagnóstico e Terapêutica (Stss), que decretou a greve, em alguns hospitais a adesão chega aos cem por cento.

Almerindo Rego adiantou que o que influencia os números são três ou quatro profissões em que a densidade profissional é grande, tais como radiologia, análises clínicas e farmácia.

Quando estes profissionais param a adesão chega aos 100% em alguns hospitais, frisou.

O presidente do sindicato disse ainda que este conflito foi gerado pelo Ministério das Finanças, uma vez que os diplomas das carreiras já tinham sido objecto de acordo com o Governo no dia 12 de Dezembro de 2016.

Os acordos celebrados em 2016 determinavam a aprovação e publicação em Junho dos diplomas para a criação da carreira especial de técnico superior das áreas de diagnóstico e terapêutica e da carreira de técnico superior das áreas de diagnóstico e terapêutica dos estabelecimentos E.P.E. (Entidade Pública Empresarial).

Os técnicos de diagnóstico e terapêutica já tinham realizado uma greve a 21 de Junho, assim como uma concentração em frente ao Ministério da Saúde, queixando-se que a carreira está desactualizada há quase 18 anos.

No mesmo dia, o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, disse na comissão parlamentar da Saúde compreender os motivos dos profissionais e mostrou-se confiante que, em breve, a questão seria desbloqueada, o que acabou por não acontecer.

Esta área de trabalho abrange mais de 20 profissões, três delas por regulamentar, em áreas como análises clínicas, radiologia, fisioterapia, farmácia ou cardiopneumologia, num total de cerca de dez mil profissionais.


Agência Lusa

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