De acordo com o novo boletim desta agência das Nações Unidas (UNOCHA, na sigla em inglês), a que a Prensa Latina faz referência, as forças ocupantes prenderam 700 menores palestinianos por ano, só em Jerusalém Oriental, nos últimos três anos, acusando-os de atirar pedras ou de incitar à violência nas redes sociais.
Os abusos cometidos pelas forças israelitas durante a detenção, o transporte ou os interrogatórios de algumas das crianças fizeram disparar os alertas, adverte o documento. Não menos preocupantes são, para a UNOCHA, as mudanças legislativas em Israel, destinadas a tornar mais duras as penas a que são condenadas as crianças acusadas de atirar pedras, incluindo alguns menores de 12 anos.
No boletim, o organismo aponta exemplos de crianças palestinianas detidas por Israel nos últimos anos, como Suhaib al-Awar, que foi preso em Março de 2012, com 14 anos, acusado de incitar à violência e atirar pedras.
Suhaib contou que esteve cinco dias incomunicável, um período durante o qual chegava a ser interrogado sete horas por dia, com os seus captores a recorrerem a maus-tratos físicos e ameaças, antes de o mandarem para casa com uma punição de 12 meses de detenção domiciliária, indica a Prensa Latina.
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