O ciclo «1917 no Ecrã», organizado pela Cinemateca Portuguesa, pretende abordar os diversos modos como o cinema retratou a Revolução Bolchevique e a guerra civil que se lhe seguiu, tanto na União Soviética como noutros países, refere-se no portal da Cinemateca.
A propósito do ciclo, o director da instituição, José Manuel Costa, frisou: «Não podíamos deixar escapar a questão da representação de um grande facto histórico através da representação do cinema», indica a agência Lusa.
«A revolução de 1917 foi um dos momentos mais marcantes do século XX, se não o acontecimento mais importante que marcou o século XX. O cinema que resultou ou aconteceu no período pós-revolução foi a grande vanguarda soviética dos anos 20», disse.
Apontou O Couraçado Potemkine (1925), de Sergei Eisenstein, como um exemplo disso, um filme que «incendiou a imaginação de cineastas em todo o mundo e marcou o que veio a acontecer a seguir», afirmou. Do mesmo realizador, será exibido também Outubro (1927), informa a Lusa.
O ciclo «1917 no Ecrã» abre no dia 7 de Setembro com As Aventuras Extraordinárias de Mr. West no País dos Bolchevistas (1924), de Lev Kulechov, uma sátira ao modo como o Ocidente viu a revolução. Em Setembro o ciclo conta com 17 sessões, estando agendadas mais 22 para Outubro e Novembro. A estas, juntam-se cinco sessões da rubrica «Histórias do Cinema».
O sítio da Cinemateca destaca a colaboração «muito especial» do Gosfilmofond – Fundo Nacional de Cinema da Federação Russa, cujo actual responsável executivo, Piotr Bagrov, estará em Lisboa para a abertura do ciclo e para uma série de apresentações dedicadas ao cineasta soviético Fridrikh Ermler, de 4 a 8 de Setembro.
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