Os ataques do governo golpista contra a educação pública foram um dos motes da Jornada Nacional da Juventude do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que decorreu na segunda semana de Agosto em diversos estados de todas as regiões do Brasil, informa o MST no seu portal.
«Levantámos a bandeira em defesa da educação como central para a nossa juventude. Não aceitaremos que a nossa educação seja adestrada por essa burguesia conservadora brasileira, nós buscamos construir uma educação que seja crítica e emancipadora», declarou à página do MST Paulo Henrique Campos, do sector da Juventude do Movimento Sem Terra.
Sobre o conteúdo das acções, que tiveram lugar em escolas, acampamentos e assentamentos onde o MST está organizado, o dirigente juvenil explicou ao Brasil de Fato: «Nós fizemos uma série de espaços de formação política nas escolas. E também realizámos lutas para denunciar o desmonte da educação pública que tem acontecido no nosso país e da educação do campo, sobre o financiamento da educação no campo que tem sofrido cortes imensos pelo governo golpista do Temer».
Com os encontros nas escolas, a ideia dos promotores era levar aos estudantes o debate sobre a necessidade de uma maior auto-organização, tornando-os mais aptos a lutar por políticas públicas e por um ensino de qualidade. Em simultâneo, a sétima edição da Jornada visou também denunciar as consequências gravosas das políticas implementadas pelo governo golpista para a soberania, os direitos dos trabalhadores e a terra, nomeadamente por via da legislação fundiária.
Ao Brasil de Fato, Paulo Henrique Campos falou ainda sobre o significado de confrontar os estudantes com uma análise daquilo que se passa no Brasil: «Foi uma descoberta de conhecimento», disse. «Os alunos estão acostumados a ter uma formação na escola, distante da sua realidade, e, quando a gente do movimento traz uma análise de conjuntura, uma formação política e crítica, a primeira reacção é de descoberta de novos conhecimentos», frisou.
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