O objectivo do Sindicato da Hotelaria do Norte (CGTP-IN) era o de realizar reuniões com as unidades de Gaia, Alfena, Matosinhos, Trofa e Braga para dar a conhecer a nova tabela salarial acordada para o sector da hospitalização e analisar a situação nas empresas do grupo.
Porém, depois de uma comunicação ao grupo Trofa Saúde, o sindicato denuncia num comunicado que foram proibidas as reuniões previstas. A estrutura sindical lembra que o direito à reunião «é um direito fundamental dos trabalhadores, protegido e consagrado na Constituição da República Portuguesa», e que o grupo «não vai impedir o sindicato de contactar os trabalhadores, fazer o levantamento dos seus problemas, lutar pela sua resolução e denunciá-los às entidades competentes».
«Os trabalhadores são ainda "proibidos" de falar uns com os outros e são controladas as idas à casa de banho, para além de os salários serem "muito baixos" e da maioria estar numa situação de precariedade»
Face a vários problemas vividos pelos trabalhadores, o sindicato anuncia uma acção de protesto junto à porta do Hospital Privado da Trofa, no dia 27 de Novembro, a partir das 8h, tendo sido enviado um pré-aviso de greve «para permitir a presença dos trabalhadores do call center na acção».
O comunicado denuncia que o grupo Trofa Saúde «não aplica a contratação colectiva aos 90 trabalhadores do call center do grupo na Trofa», pretendendo assim «fugir ao cumprimento da tabela salarial, ao pagamento do subsídio de turno, às carreiras profissionais, ao regime de horários e folgas e ao pagamento do trabalho suplementar e feriados», entre outras questões.
Acresce que os horários nas diversas unidades de saúde «estão todos desregulamentados, são alterados constantemente» sem o conhecimento dos trabalhadores, para além de não serem garantidos «dois dias de descanso semanal consecutivos» e existir «um banco de horas que os trabalhadores não controlam e cujo objectivo é não pagar o trabalho suplementar».
O sindicato informa ainda que o call center da Trofa não garante «condições mínimas» de saúde aos trabalhadores: «o ar condicionado não funciona devidamente, há telhas de amianto, entram bichos para as instalações».
Os trabalhadores são ainda «proibidos» de falar uns com os outros e são controladas as idas à casa de banho, para além de os salários serem «muito baixos» e de a maioria estar numa situação de precariedade, denuncia o sindicato.
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