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Administração cede

Greve suspensa nos Transportes Urbanos de Vila Real

A greve convocada pelos trabalhadores para esta terça-feira foi suspensa, tendo em conta que a administração assumiu o compromisso de resolução de vários dos problemas apresentados e aceitou iniciar uma discussão sobre as reivindicações.

Os Transportes Urbanos de Vila Real estão concessionados ao grupo Santos, com diversas empresas ligadas ao transporte rodoviário
Créditos / Notícias de Vila Real

A mobilização dos trabalhadores da TUVR – Transportes Urbanos de Vila Real, com a decisão da realização de uma greve a 5 de Dezembro, levou a que, numa reunião realizada a 30 de Novembro na Direcção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho, no Porto, a administração se submetesse a vários compromissos, levando à suspensão da greve.

Luís Venâncio, dirigente do Sindicato de Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP/CGTP-IN), explicou ao AbrilAbril que, no processo de transmissão dos trabalhadores da Corgobus para a TURV, não foi assumido o contrato colectivo de trabalho que já existia na altura, assinado entre o STRUP de a Associação Nacional de Transportes de Pesados de Passageiros (Antrop), acrescentando que «tinham um tipo de contratualização um bocado à peça».

Os trabalhadores marcaram o protesto por questões como o cumprimento da segunda folga semanal, sendo que, segundo o dirigente sindical, actualmente «têm folga e meia, quando têm, outras vezes tem duas, outras vez têm só uma». 

Também reivindicam que todas as tarefas complementares e deslocações de e para os locais de início dos serviços sejam incluídas no horário estipulado; a «discriminação de todas as rubricas nos recibos de vencimento» e o pagamento do tempo suplementar de acordo com o contrato colectivo de trabalho. Defendem ainda que, «nos “términus” dos serviços fora da sede, seja garantido transporte em horário compatível dentro do horário de trabalho» e o pagamento dos subsídios de Natal, férias e de «Agente Único» do ano 2016, assim como «dos acertos de contas de todas as segundas folgas trabalhadas».

Resistência leva a cedências

O sindicalista explicou que a administração, perante a resistência dos trabalhadores, que inclusivamente não aceitaram uma proposta da empresa de serviços mínimos a 80%, contactou o Ministério do Trabalho e solicitou uma reunião urgente com o sindicato.

Segundo um comunicado da estrutura sindical, na reunião realizada na DGERT, a administração comprometeu-se a «resolver no imediato o que for possível», como é o caso da garantia «de transporte dos trabalhadores para os vários pontos de rendição».

Quanto às duas folgas semanais, «a empresa assumiu o compromisso de apresentar propostas que visem garantir o período normal de trabalho e de igual forma nas folgas ao fim-de-semana».

Foi ainda abordado que os horários de trabalho «devem acautelar todas as tarefas acessórias, tais como lavagem, depósito de receita, abastecimento, etc.». Ficou o compromisso de que, até finais de Janeiro de 2018, as situações seriam resolvidas pela administração.

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