Sala de pausa dos trabalhadores do Centro Clínico do SAMS é encerrada

A direcção do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas, afecto à UGT e que gere os Serviços de Assistência Médico-Social (SAMS), mandou encerrar a «sala de pausa/refeitório» dos trabalhadores, sem criação de alternativas.

Entrada do Hospital dos Serviços de Assistência Médico-Social do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas
CréditosManuel Moura / Agência LUSA

A denúncia é feita pelo Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP/CGTP-IN), numa nota enviada às redacções, onde informa que já tinha enviado ofícios à direcção do SBSI/SAMS a solicitar o agendamento de reuniões.

A estrutura sindical explica que o espaço disponibilizado, a título provisório, no final de 2014, «já não apresentava as condições necessárias e condignas», mas, «ao invés de tomar medidas para a existência de um espaço de pausa/refeitório com as necessárias condições de dignidade», a direcção «mandou encerrar a referida sala sem criar alternativas», para além de «retirar a prioridade aos trabalhadores no bar/refeitório».

No início do ano já tinham vindo a público várias queixas dos trabalhadores do SBSI/SAMS pela postura da sua entidade patronal, a direcção do SBSI, composta também por destacados dirigentes da UGT, que motivaram uma greve que se realizou a 23 de Março.

Foi denunciada na altura a pretenção da direcção de que o Ministério do Trabalho desse deferimento aos requerimentos de caducidade das convenções colectivas, levados a cabo pela própria em Novembro. Trata-se das convenções colectivas que subscreveu com os sindicatos dos enfermeiros (SEP), dos serviços (CESP), dos médicos da zona Sul (SMZS), dos técnicos superior de saúde (STSS), dos profissionais de farmácia (SIFAP) e dos fisioterapeutas (SFP).

Os trabalhadores denunciaram ainda «ameaças» e «intimidações», relatando que a direcção do SBSI/UGT passou «a retaliar e perseguir» os delegados sindicais e os trabalhadores que denunciaram publicamente «as ilegalidades, a exploração e a precariedade», para além de não pagar as horas das requisições dos delegados e dirigentes sindicais dos sindicatos que denunciaram esta situação. Também foram divulgados os «sucessivos contratos a prazo e falsos recibos verdes» praticados nestes serviços.

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