Arrancou hoje a greve dos guardas prisionais, desta vez no Porto, com uma concentração junto ao Estabelecimento Prisional do Porto, em Matosinhos. Jorge Alves, presidente do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP), afirmou que a adesão ronda os 84%.
A paralisação, tal como a greve realizada em Lisboa nos últimos dias de Fevereiro, contesta o novo horário imposto, a falta de meios e pessoal nas prisões, como ainda as declarações «impróprias» do director-geral dos Serviços Prisionais, Celso Manata, sobre o corpo da guarda prisional.
Jorge Alves referiu ainda que os novos horários provocam «uma enorme quebra de segurança no estabelecimento prisional do Porto, em especial do corpo da guarda prisional».
O regulamento em causa foi implementado mas não está a ser cumprido, afirmou o dirigente, pois «o horário é das 8h às 16h, e, excepcionalmente, não podem ser feitas mais que nove horas (duas horas extraordinárias). O que tem acontecido é que têm obrigado os guardas a trabalhar até quando é preciso, sendo que há pessoal que já saiu às 20h30, ultrapassando assim as 12 horas de serviço», acrescentou.
Além desta paralisação, os guardas tencionam realizar uma vigília em frente à residência do primeiro-ministro, em Lisboa, que deverá coincidir com o período de greve às horas extraordinárias no Estabelecimento Prisional de Lisboa, entre 23 de Março e 25 de Abril.
O novo horário imposto, em vigor desde 2 de Janeiro nas cadeias de Lisboa, Porto, Paços de Ferreira, Coimbra, Castelo Branco e Funchal, está a ser fortemente contestados pelos guardas prisionais.
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