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16 empresas lucraram 3,5 mil milhões de euros em 2017

Lucros recorde em 2017, mas salários ficaram estagnados

As 16 empresas do principal índice da Bolsa de Lisboa que já divulgaram os seus resultados de 2017 tiveram lucros de mais de 3,5 mil milhões de euros no ano passado, enquanto os salários ficaram estagnados.

António Mexia lidera a empresa mais lucrativa, a EDP, com um salário de 2,5 milhões de euros anuais
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As contas são do Dinheiro Vivo: as 16 empresas ou grupos económicos lucraram 3506 milhões de euros em 2017, mais 380 milhões que no ano anterior. Este é o valor mais elevado desde 2008 e coincide com um ano em que o crescimento económico foi o mais elevado desde 2000, apesar de os salários não acompanharem o ritmo de crescimento.

O salário médio dos portugueses sofreu um aumento nominal de 1,5%, de acordo com a edição de hoje do Público. Dada a inflação de 1,4%, verificada pelo Instituto Nacional de Estatística, os salários ficaram estagnados em termos reais, em 2017. Recorde-se que o salário mínimo nacional teve uma actualização de 5% no ano passado, que abrangia cerca de 23% dos trabalhadores no final de 2016.

Em declarações ao diário, o secretário-geral do CGTP-IN afirmou que «os salários não foram actualizados em linha com as possibilidades das empresas». Os lucros recorde vêem confirmar essa realidade denunciada por Arménio Carlos.

Já pelo patronato, a conversa só muda em relação aos anos da troika, na medida em que os números não permitem manter o discurso de cortes sem fim. António Saraiva, presidente da CIP – Confederação Empresarial de Portugal, disse ao Público que as empresas «têm margens muito pequenas» para justificar o bloqueio imposto aos aumentos salariais pelos patrões.

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