A informação foi revelada à agência SANA por uma fonte militar, que classificou o ataque, ocorrido pelas 22h30 (hora local), como uma «nova agressão com mísseis hostis».
Como consequência do impacto de mísseis, registaram-se fortes explosões num ponto localizado cerca de 40 quilómetros a oeste da cidade de Hama, onde funcionaria uma base conjunta das forças sírias e iranianas, indica a Prensa Latina, referindo-se a informação divulgada hoje por fontes militares sírias.
Um depósito de armas e munições da 47.ª Brigada do Exército sírio, também na província de Hama, foi igualmente atacado. O impacto dos mísseis provocou enormes explosões.
Mais a norte, na província de Alepo, foram atacados depósitos de munições e bases militares do Exército sírio, onde se encontravam também tropas iranianas. De acordo com a Prensa Latina, terão morrido dezenas de militares na sequência desta agressão.
Hipótese «Israel»
A autoria dos ataques ainda não foi revelada, mas a hipótese de Israel foi de imediato levantada por diversas fontes, tendo em conta que, no início deste mês, dois caças israelitas invadiram o espaço aéreo libanês e dispararam oito mísseis contra a base T-4, na província de Homs. No ataque terão morrido diversos militares iranianos.
Para além disso, nos últimos anos, as forças militares israelitas atacaram diversos alvos em território sírio – acções que as autoridades sírias denunciaram como tentativas de «levantar o moral» dos grupos terroristas, quando estes sofrem pesadas derrotas no terreno nos confrontos com o Exército Árabe Sírio e os seus aliados.
A este propósito, a agência SANA afirma que a «agressão» de ontem ocorre num momento em «se que confirma a conclusão de acordos para retirar os terroristas de Yalda, Babila, Beit Sahm e do campo de al-Yarmouk, e depois dos revezes e das derrotas das organizações terroristas, sobretudo na província de Damasco».
Israel «não confirma, nem desmente»
Questionados sobre os ataques de ontem em território sírio, os militares israelitas «não confirmaram, nem desmentiram» o envolvimento de Israel na operação. Por seu lado, os serviços de imprensa das Forças Armadas israelitas recusaram-se a fazer comentários sobre o assunto à RIA Novosti.
Ontem, o ministro da Defesa israelita, Avigdor Lieberman, disse que o seu país «não tem intenções de atacar a Rússia ou de interferir nos assuntos domésticos da Síria…» No entanto, declarou que, «se alguém pensa que é possível lançar mísseis ou atacar Israel ou mesmo os nossos caças, nós iremos responder seguramente e iremos responder com grande força».
O titular da pasta da Defesa disse ainda que Israel «irá manter a liberdade operacional em toda a Síria» para «impedir o Irão de criar uma base avançada» no país árabe, refere a RT.
Em meados de Abril, o território sírio foi alvo de outro ataque com mísseis, perpetrado pelos EUA, o Reino Unido e a França, na sequência de um alegado ataque com armas químicas em Douma, na região damascena de Ghouta Oriental. Sem provas e apesar das alegações do governo sírio, que exigiu uma investigação no terreno, Washington e os seus aliados acusaram Damasco da autoria desse ataque, filmado pelos chamados Capacetes Brancos.
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