Apesar de o curso profissional de Artes do Espectáculo – Interpretação, da Escola Secundária Alexandre de Gouveia, em Évora, ser o único ministrado no Alentejo, alunos e professores foram confrontados com o anúncio do encerramento.
«Mas não nos dão uma justificação aceitável, não nos dizem o porquê de não quererem este curso em Évora», afirmou Jéssica Correia ao AbrilAbril, sublinhando que os protestos vão continuar até que a resposta surja.
A aluna do curso de Artes do Espectáculo adianta que, segundo informação avançada pela direcção, a intenção da escola será criar «novas oportunidades, abrir um curso de vinho, mais cursos de desporto e novas turmas em cursos que já existem».
A frequentar o 11.º ano, Jéssica Correia esclarece que, mesmo que a decisão vá por diante, a escola será obrigada a manter o curso mais um ano, até acabar o 12.º ano.
«E depois? Terei de me ir embora de Évora e do Alentejo, procurar outras cidades, sítios onde possa prosseguir os estudos», afirma, denunciando em seguida que, «ao fecharem este curso, vão encerrar também o curso de Teatro da Universidade de Évora (UE)».
Em Fevereiro, alunos do curso de Teatro da UE manifestaram-se contra as condições existentes na «Fábrica dos Leões», o edifício onde decorrem as aulas mas que, segundo os estudantes, estava em risco de ruir. Buracos nas paredes, janelas sem isolamento e piso desnívelado foram alguns dos problemas apresentados.
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