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Mais de 100 personalidades exigem o fim da PPP com a Fertagus

«Basta de PPP com a Fertagus, queremos o serviço integrado na CP!», assim se intitula o manifesto assinado por mais de uma centena de personalidades e instituições que deverá ser entregue ao Governo.  

Comboio da Fertagus na Ponte 25 de Abril (foto de arquivo)
CréditosInácio Rosa / LUSA

O terminar do contrato de concessão  à Fertagus da exploração comercial da ligação ferroviária entre Lisboa e Setúbal pela Ponte 25 de Abril, em 2019, foi a oportunidade encontrada para pugnar pelo fim desta experiência, integrando o serviço na CP. 

Os signatários, entre os quais estão vários eleitos autárquicos da Península de Setúbal e também de Lisboa, o poeta e compositor João Monge, Tó Trips dos Dead Combo, Sandra Batista do grupo as Señoritas, a actriz Rita Lello, os jornalistas Filipa Simas, Ricardo Santos e Catarina Pires, o arquitecto responsável geral pelo projecto de arquitectura da linha e autor da estações de Entre-Campos e Sete Rios, Carlos Roxo, o engenheiro Francisco Asseiceiro, responsável do projecto de via ferroviária na ligação Lisboa –Setúbal, e o ex-futebolista Diamantino Miranda, defendem que, com a reversão desta parceria público-privada (PPP), o País sai a ganhar. 

«Ganha o País que vê reduzido o esbulho de recursos públicos em favor dos grupos privados, ganham os utentes pois passam a pagar menos [pelo] passe intermodal e o estacionamento gratuito junto às estações, e ganham os trabalhadores da Fertagus que, ao serem integrados na CP e na EMEF, melhoram as suas condições de trabalho, rendimento e direitos», atestam. 

A par da Fertagus, os subscritores exigem a reversão da concessão à Metro Sul do Tejo (MTS), salientando o facto de ambas terem custado ao Estado 202,5 milhões de euros, entre 1999 e 2013, de acordo com auditoria realizada pelo Tribunal de Contas.  

Os utentes, para quem os transportes públicos «são um dos problemas com que a Península de Setúbal se confronta», tendo por base uma oferta «insuficiente e cara» e «o não alargamento a toda a região e a todos os operadores do passe social intermodal», defendem que a raiz do problema está nas concessões a estas duas empresas do grupo Barraqueiro.

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