incêndios florestais

O secretário-geral do PCP anunciou o voto a favor na generalidade, na próxima sexta-feira, mas sublinhou que é necessário ir mais longe na especialidade.

A Associação Nacional de Sargentos interroga-se sobre as propostas do Governo de um maior empenho dos militares no apoio ao combate aos incêndios, considerando a redução de efectivos imposta por sucessivos governos.

O projecto de resolução, entregue esta sexta-feira na Assembleia da República, contém medidas para que não se repita o abandono a que foi votada a área ardida naquela Mata Nacional, desde 2003.

A Navigator viu os seus lucros crescerem nos primeiros nove meses do ano mais de 8%, para 146 milhões de euros. A empresa de papel diz não ter preocupação com o efeito dos 500 mil hectares de floresta ardida no seu abastecimento.

A moção de censura do CDS-PP foi chumbada, como esperado. O documento que ignora as responsabilidas do anterior governo pelos cortes na defesa da floresta e no combate aos fogos florestais só teve o apoio do PSD.

As transferências previstas nos orçamentos do Estado, entre 2011 e 2015, foram descendo ano a ano. Ao fim de quatro anos de gestão conjunta na Administração Interna, valor desceu quase 10%.

As medidas anunciadas este sábado pelo Governo para resposta aos problemas da floresta e dos incêndios já foram alvo da reacção de vários partidos. São assinaladas medidas positivas, mas também ausências, omissões e chamadas de atenção.

A criação de uma unidade de missão e medidas no âmbito da profissionalização do modelo de combate aos fogos e de reforço do papel das Forças Armadas foram anunciadas este sábado por António Costa, no fim da reunião extraordinária do Conselho de Ministros.

Já foram divulgadas a maior parte das medidas decididas pelo Governo na reunião extraordinária do Conselho de Ministros, realizada este sábado, no seguimento dos incêndios que deflagraram no País recentemente.

Em 2011, o anterior governo retirou a isenção de taxas moderadoras aos bombeiros. No Ministério da Administração Interna figuravam o ministro Miguel Macedo (PSD) e o secretário de Estado Filipe Lobo D’Ávila (CDS-PP).

Os desmandos da banca privada custaram, desde 2008, quase 15 mil milhões de euros públicos. Este valor permitia pagar 500 equipas de sapadores florestais durante 700 anos.

O anterior governo, com Passos Coelho como primeiro-ministro e Assunção Cristas como ministra das Florestas, cortou o orçamento do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) em um quarto, entre 2011 e 2015.

A ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, apresentou o pedido de demissão, que foi aceite pelo primeiro-ministro, anunciou o gabinete de António Costa na manhã desta quarta-feira.

Os incêndios destes dias demonstram de forma crua, mais do que um problema com as terras «sem donos conhecidos», há falta de meios públicos na protecção do património florestal, a começar pelo que é público.

A ex-ministra das Florestas fez um pré-anúncio de uma moção de censura do CDS-PP ao Governo pela «falha» em prevenir os fogos no sector que tutelou no anterior governo.

Os incêndios que fustigaram grande parte do território nacional a norte do rio Tejo estão já em fase de resolução ou de conclusão, de acordo com a Protecção Civil. O número de vítimas mortais, num momento em que há 15 feridos em estado grave, é de 36.