Banco de Portugal

O governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, actualizou ontem as projecções das finanças públicas e considerou que as novas medidas do Governo colocam em risco as contas públicas. 

O Governador do Banco de Portugal defendeu em vários momentos que as taxas de juro eram a única forma de combater a inflação, mesmo não o sendo. Agora quer «ajudas públicas» para as famílias pagarem hipotecas.

Os dados são do Banco de Portugal e indicam que houve um aumento do endividamento no sector não financeiro. Público, empresas privadas e particulares, juntos, registam aumento de 1,6 mil milhões de euros de dívida. 

Numa longa entrevista à RTP, Mário Centeno limitou-se a defender a política de empobrecimento do BCE e o aumento das taxas de juro. Durante a entrevista, o «Ronaldo das Finanças» nunca falou da reposição de rendimentos.

O governador do Banco de Portugal alegou esta sexta-feira que subir salários «acima da produtividade» cria pressões sobre os preços, considerando ser um comportamento «míope».

O Banco de Portugal informou esta quinta-feira que as instituições bancárias que operam em Portugal «reduziram» mais de 3000 trabalhadores e fecharam acima de 350 agências nos últimos dois anos. 

A economia do País, e as perspectivas que existem para este ano e para os que se seguem, parece contrariar a visão mais optimista apresentada pelo Banco de Portugal no seu Boletim Económico.

Inicia-se hoje uma comissão parlamentar de inquérito ao Novo Banco, que pode e deve servir para concluir que decisões políticas, pelas mãos de diversos governos, levaram à situação de «buraco sem fundo».

O problema da independência do Banco de Portugal vai para além de quem o lidera. Um Portugal submisso ao BCE é um obstáculo intransponível à recuperação de uma parcela essencial da nossa soberania.

No sector que afastou mais de 16 mil trabalhadores desde 2008, faz-se caminho no aumento das receitas por via da cobrança de comissões, que só em 2018 renderam 9280 milhões de euros.

O banco público é condenado em 50 mil euros de coima e o Banif em 280 mil euros, por violações de diversas regras financeiras identificadas entre 2013 e 2017.

São 4,9 milhões de euros que o Tribunal da Concorrência anulou ao Montepio, a Tomás Correia e outros ex-administradores «pela prática de várias infracções». O Banco de Portugal vai recorrer da decisão.   

Vítor Constâncio fez afirmações em sede de Comissão Parlamentar de Inquérito à CGD que foram contraditadas por documentos disponibilizados a diversos órgãos de comunicação social.

O Banco Central Europeu, no seu relatório sobre a reforma da supervisão bancária proposta pelo Governo, apresentou críticas mas reconhece «total alinhamento» com o quadro da União Europeia.