Não é só um dia, não é só uma efeméride. É o Dia Internacional do Trabalhador e, como tal, é dia de luta. Assim como há 50 anos, a exigência é cumprir Abril. Em 1974 foi este dia de luta que consagrou o 25 de Abril e imprimiu-lhe o caráter de classe que permitiu avançar com o processo revolucionário.
Amanhã, correspondendo às exigências da data, no espírito de Abril e consciente que a luta por melhores condições de vida na actualidade é continuar a trilhar o caminho aberto em 1974, a CGTP-IN sairá novamente à rua com um vasto conjunto de acções de lutas marcas.
A grande jornada de luta tem como mote «Aumentar salários e pensões. Garantir direitos. Combater a exploração», algo transversal às lutas que se desenvolvem no dia-a-dia nas ruas, nas empresas e locais de trabalho, mas também uma exigência de fundo de melhoria das condições de vida de todos os trabalhadores.
Em Lisboa, como é habitual, para as 15 horas, está marcada uma concentração no Martim Moniz a que se seguirá um desfile pela Avenida Almirante Reis e que culminará na Alameda D. Afonso Henriques. Aqui haverá um conjunto de intervenções, com particular destaque para a de Tiago Oliveira, secretário-geral da central sindical. Será a sua primeira intervenção desde que assumiu a tarefa.
Para o Porto, também para as 15 horas, está marcada uma concentração na Avenida dos Aliados, onde se espera igualmente uma enchente de gente. Este não é, no entanto, caso único, já que por todo o país se esperam fortes mobilizações.
Estão previstas acções em todas as capitais de distrito, algo que demonstra toda a capacidade de mobilização da CGTP-IN que, num quadro de um Governo de direita e com uma correlação de forças na Assembleia da República antagónica aos interesses dos trabalhadores, vê na intensificação e desenvolvimento da luta a única resposta para enfrentar todos os projectos revanchistas que se estão a assumir.
Num contexto em os 20 maiores grupos económicos arrecadaram, em 2023, 25 milhões de euros por dia, e em que dois em cada três trabalhadores auferem um salários bruto inferior a 1000 euros brutos, a CGTP-IN um aumento geral e significativo dos salários de 150 euros para todos, não inferior a 15%, e um Salário Mínimo Nacional de 1000 euros ainda este ano.
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