«Sabemos que em estabelecimentos maiores tiveram de suprimir postos de trabalho, nomeadamente alguns guardas das torres deixaram de estar nos seus lugares de forma a assegurar as visitas», afirmou ontem Jorge Alves, em declarações à Lusa, demonstrando confiança de que o nível de adesão se mantenha.
No que diz respeito às visitas nas cadeias, o sindicalista avançou que «aquelas que tiveram visitas correram sem problemas nenhuns».
Os guardas prisionais iniciaram ontem uma greve, que se prolonga até quarta-feira, em seis cadeias do País, nas quais a Direcção-Geral dos Serviços Prisionais vai aplicar o novo horário de trabalho para aqueles profissionais.
Anteriormente, Jorge Alves tinha explicado que existem dois períodos de greve: um entre os dias 24 e 27 de Dezembro nos estabelecimentos prisionais de Lisboa, Porto, Paços de Ferreira, Coimbra, Castelo Branco e Funchal, e outro nos dias 24, 25 e 27 nas restantes prisões.
Haverá também, segundo Jorge Alves, uma nova greve na passagem de ano, nos seis estabelecimentos referidos entre 31 de Dezembro e 3 de Janeiro, e nos restantes nos dias 31, 1 e 2.
Na origem da greve, segundo o SNCGP, está o novo regulamento do horário de trabalho e a falta de cumprimento do estatuto profissional do corpo da guarda prisional, nomeadamente em relação às tabelas remuneratórias, avaliação de desempenho e não pagamento do subsídio de turno e trabalho nocturno.
«A Direcção dos Serviço Prisionais decidiu aplicar o novo horário sem estar preocupada com o impacto profissional e familiar e também dos serviços em si», afirmou à Lusa o sindicalista quando divulgou a greve.
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