A análise divulgada esta semana pelo IEFP, não tendo as características, por exemplo, do Inquérito ao Emprego, divulgado trimestralmente pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), e embora reflicta somente o número de desempregados inscritos, permite ter uma ideia sobre o impacto da pandemia do novo coronavírus na esfera laboral.
O desemprego registado no Algarve, no mês de Março, foi de 21 636 trabalhadores. São mais 2448 do que no mês passado (+12,8%) e mais 6331 desempregados do que em Março de 2019 (15 305), ou seja, mais 41,4% do que o desemprego registado em igual período do ano anterior.
O IEFP revela que 1683 dos desempregados inscritos naquele período apresentaram como razão para a sua inscrição o despedimento. O Algarve, com uma taxa de 38% de desempregados inscritos nos centros de emprego devido a despedimento, assume-se como a região mais devastada pelo flagelo, tendo em conta que a média no País é de 20%.
Além da excessiva dependência do turismo e da ausência de políticas que diversifiquem a actividade económica no Algarve, os números denunciam que o recurso massivo ao lay-off, além da forte descapitalização da Segurança Social, não é a solução para impedir o desemprego.
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