A alteração das tabelas de retenção na fonte do IRS para acomodar os efeitos das actualizações salariais, que produzirá efeitos a partir de Março, já devia ter sido feita para evitar que os trabalhadores com salários muito baixos perdessem liquidez, defende a Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública (CGTP-IN).
A estrutura sindical recorda, através de comunicado, que «este mesmo Governo em gestão impôs» a revisão salarial dos trabalhadores da Administração Pública em 0,9% com a justificação de ser este o valor da inflação para 2022. No entanto, em Janeiro «o valor da inflação está nos 3,3%», registando a «inflação dos alimentos um valor de 3,71%» em igual período.
Atendendo a que o valor da inflação não reflecte o aumento do preço da energia, a Frente Comum admite que este cenário terá como consequência a diminuição do rendimento dos trabalhadores e o aumento da situação de pobreza em que muitos já se encontram. Neste sentido, assume como «obrigatório» o aumento dos salários dos trabalhadores da Administração Pública, reafirmando a proposta de aumento de 90 euros para todos os trabalhadores.
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