Câmara de Lisboa não ouve trabalhadores

Os trabalhadores do Município de Lisboa queixam-se de não serem ouvidos pelo Executivo de Fernando Medina nos processos de transferência de instalações dos serviços da Protecção Civil e da Estrutura Verde.

Os trabalhadores da Protecção Civil denunciam a transferência do edifício na Praça de Espanha para Monsanto
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Em causa está a transferência de instalações dos trabalhadores da Protecção Civil, do edifício na Praça de Espanha para Monsanto, assim como a transferência de instalações dos trabalhadores dos Espaços Verdes, que até agora ocupavam as instalações em Monsanto, para o Bairro da Bela Flor, em Campolide.

Os trabalhadores da autarquia denunciam que estas deslocalizações, a par de outras já realizadas, revelam falta de respeito por quem trabalha nos diversos serviços do município. Acrescentam que não foram ouvidos nem envolvidos na fase anterior à tomada de decisão. Como tal, frisam que não tiveram oportunidade de propor qualquer tipo de alteração significativa à iniciativa, que, insistem, coloca em causa o bom desempenho dos serviços e a resposta às necessidades da população.

Através de uma nota enviada às redacções, os eleitos do PCP no Município de Lisboa apelam à suspensão imediata dos processos de mudança em curso «até que seja efectuada uma exaustiva e participada avaliação das opções existentes e das suas implicações para o futuro da cidade».

Revelam que este processo de transferências está a ser concretizado com «pressa e prepotência», não se acautelando as condições de trabalho, nomeadamente as condições de iluminação e qualidade do ar nas novas instalações, «propondo-se proceder a eventuais obras após os trabalhadores já aí se encontrarem a laborar».

Os eleitos comunistas denunciam ainda que, além de se tratar de uma mudança «provisória», a decisão tomada pela actual maioria não foi avaliada nem discutida pela Câmara de Lisboa, «o que se exigiria tendo em conta o carácter estratégico destas decisões». 

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