A contratação dos serviços externos [recorde-se notícia publicada pelo AbrilAbril no mês passado] foi justificada pela empresa com a falta de pessoal.
Para os eleitos do PCP na Câmara de Lisboa, a entrada de fiscais para a Carris que não pertencem aos quadros da empresa «é um primeiro passo para a sua descaracterização», adivinhando que, no futuro, e «seguindo a mesma lógica», outros sectores da empresa venham a ser externalizados.
Igual receio foi manifestado em Março pelo Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP/CGTP-IN), que define a entrega da fiscalização da Carris ao sector privado como «inaceitável».
A proposta comunista defende que sejam dadas orientações à administração da Carris, para que não promova a «precariedade e os baixos salários», e trave o recurso a empresas externas para assegurar o serviço de fiscalização. Em alternativa propõe a contratação dos trabalhadores necessários para as tarefas permanentes, designadamente na área da fiscalização.
Mais transparência
Relativamente às regras de concursos de contratação da Carris, a proposta dos eleitos comunistas é que as listas de candidaturas passem a estar disponíveis na página electrónica da empresa, identificando as consideradas e as exluídas.
Sublinha-se ainda a necessidade de, em qualquer fase do concurso, informar os candidatos acerca dos motivos de exclusão, bem como a possibilidade de recurso dirigido à administração.
Para o PCP, todos os concursos de contratação levados a cabo no âmbito das empresas municipais têm de se balizar pelo estrito respeito às normas do Código do Trabalho. «Concorre também para esta questão o fim da precariedade laboral que ainda se verifica, nomeadamente [...] na Carristur», lê-se na proposta.
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