A par destes, votaram contra a proposta dois independentes, eleitos nas listas do PS, e um eleito do PSD.
O tema discutiu-se na Assembleia Municipal, esta terça-feira, a partir de uma petição pública remetida em Outubro e assinada por 260 pessoas. Em causa, o tráfico de droga na Avenida Almirante Reis, mas também no Largo do Intendente e Rua dos Anjos. De acordo com os peticionários, apesar de o consumo de droga ser menor durante o dia, os vendedores «continuam» nesta zona. «Toda a gente os conhece e ninguém faz nada», acusam.
Todos os eleitos concordaram sobre a necessidade de reforçar o policiamento nesta zona, e de envolver «todos os parceiros locais» numa «equipa de coordenação». Quando se chegou ao tema da videovigilância, as críticas surgiram.
Sobreda Antunes, do PEV, sublinhou que a videovigilância «não permite cobrir todos os espaços de consumo e tráfico», e defendeu «que seja garantido um real policiamento de proximidade e a logística necessária».
Para Deolinda Carvalho Machado, do PCP, o «direito à segurança deve obviamente ser garantido», porém questionou «qual o balanço efectuado aos locais onde existe videovigilância». Nesta situação encontra-se o Bairro Alto, onde, desde Maio de 2014, está em funcionamento um sistema de segurança de 27 câmaras que transmitem imagens em tempo real, entre as 18h e as 7h.
Pelo BE, Tiago Ivo Cruz afirmou que a videovigilância «não resolve nada e aprofunda uma lógica que não produz resultados», enquanto o eleito do PAN, Miguel Santos, reforçou a necessidade de os agentes da autoridade actuarem.
Por seu lado, João Valente Pires, do PS, criticou as posições contra a videovigilância, afirmando que os eleitos vão para a Assembleia Municipal «com achismos».
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