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CESP e Auchan discutem Caderno Reivindicativo para 2025

Dois meses depois da entrega do Caderno Reivindicativo, documento construído colectivamente, o CESP partiu para novo processo negocial com a Auchan. Sindicato critica ausência de negociação salarial e defende melhores condições laborais.

CréditosJosé Coelho / Lusa

O Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP/CGTP-IN) reuniu-se com a Auchan no passado dia 20 de Janeiro para discutir as reivindicações dos trabalhadores para 2025. O encontro ocorreu dois meses após a entrega do Caderno Reivindicativo, e o sindicato acusa a empresa de já ter decidido a sua política salarial em Setembro, «sem negociar».

De acordo com a estrutura sindical, o que actual vigora na empresa é um modelo salarial assente em «avaliações discriminatórias, que ataca direitos fundamentais como a protecção na doença, a família e a liberdade sindical». Entre as principais exigências do CESP está um aumento salarial de 150 euros para todos os trabalhadores, garantindo a valorização das carreiras. 

O sindicato critica também os aumentos salariais anunciados, que considera insuficientes, uma vez que ficam abaixo do crescimento do Salário Mínimo Nacional e não acompanham o custo de vida.

Outro ponto de discórdia foi o subsídio de refeição. A Auchan manteve o valor de 6,25 euros por dia, montante anteriormente praticado na Dia/Minipreço. O sindicato reivindica um aumento para 10 euros, argumentando que a empresa tem capacidade financeira para responder a essa exigência.

A reunião também abordou a gestão de assiduidade, com o CESP a criticar o modelo adotado pela Auchan, que responsabiliza os trabalhadores pelo registo e controlo dos seus horários. O sindicato rejeita esta medida, sublinhando que a responsabilidade pela gestão dos dados de assiduidade deve caber à empresa e não ao funcionário, que não pode ser penalizado por erros administrativos.

Foram ainda discutidos novos benefícios e alterações implementadas pela Auchan como o cartão de refeição, uma vez que empresa emitiu um cartão de refeição para todos os trabalhadores escolherem entre o Ticket Restaurante e o Bom Garfo, mas não podem receber o subsídio de refeição em dinheiro; o seguro de saúde, na medida em que a empresa custos com o seguro de saúde vão aumentar  e as suas condições vão piorar; e o desconto de funcionário.

A Auchan comprometeu-se a apresentar uma resposta formal e por escrito a cada uma das reivindicações dos trabalhadores. Já o CESP diz ficar a aguardar por esse posicionamento e apela à mobilização dos funcionários para exigir melhores condições laborais, destacando que a luta é parte crucial deste processo.

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