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CGTP-IN exige soluções para causas dos problemas laborais

Na Conferência Internacional do Trabalho que decorre em Genebra, Arménio Carlos reafirmou que a CGTP-IN rejeita os constrangimentos e chantagens da União Europeia (UE) e que têm que ser solucionadas as causas dos problemas laborais e sociais.

O secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos, durante uma vigília de dirigentes e delegados sindicais da Função Pública, 8 de Maio
CréditosAndre Kosters / Agência LUSA

O secretário-geral da CGTP-IN, que está presente como delegado dos trabalhadores portugueses na 106.ª sessão da Conferência Internacional do Trabalho, que se realiza de 5 a 16 de Junho em Genebra, Suíça, afirmou que não pode ser novamente praticada em Portugal a «política da troika», que atacou os «princípios fundamentais do trabalho digno».

Nesta conferência da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Arménio Carlos lembrou que no último ano e meio foi possível «travar a política de cortes nos salários e pensões, iniciar a reposição de rendimentos e direitos, melhorar o salário mínimo nacional, recuperar feriados e as 35 horas para os trabalhadores da Administração Pública».

No entanto, salienta que as causas que estiveram na origem de grande parte dos problemas laborais e sociais «mantêm-se» e têm que ser resolvidas, exemplificando com «a legislação laboral da política de direita e da troika», a ameaça de caducidade dos contratos colectivos, a precariedade, a distribuição do rendimento desequilibrada e as desigualdades.

O representante português afirmou que a CGTP-IN rejeita os constrangimentos e chantagens da UE, que mantém «as pressões para reduzir a despesa social, limitar o aumento do salário mínimo, desmantelar a contratação colectiva, baixar os custos salariais e desregulamentar o mercado de trabalho».

O dirigente sindical declarou ainda que, para a central sindical, a Ciência e Tecnologia devem estar ao serviço das populações e do desenvolvimento dos países «e não subordinadas aos interesses das empresas multinacionais».

Arménio Carlos informou no seu discurso que a CGTP-IN se revê no Relatório do Director Geral da OIT quando considera que os governos não podem renunciar ao objectivo do pleno emprego e quando entende que o sentimento de injustiça social está entre as causas mais importantes da instabilidade no mundo actual.

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