Com as manifestações de amanhã, com início no Marquês de Pombal (Lisboa) e no Campo 24 de Agosto (Porto), a central sindical coloca em destaque a reivindicação do aumento geral dos salários e do salário mínimo nacional, o direito à contratação e negociação colectiva, o combate à precariedade ou a valorização das carreiras profissionais.
«Este é o momento certo para dar um passo em frente no que respeita a uma mais justa repartição da riqueza», afirma Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP-IN.
Entre as razões para a participação dos trabalhadores nas acções, a central refere a elevada taxa de pobreza entre os trabalhadores empregados (33,4% recebiam menos de 600 euros por mês em 2016), os salários que se mantêm sem qualquer actualização há vários anos ou os bloqueios que permanecem na contratação colectiva.
A CGTP-IN aponta ainda a manutenção da taxa de desemprego em níveis elevados e o peso de 80% do trabalho precário no emprego criado, tal como a elevada carga horária semanal – a quarta mais alta dos países da União Europeia.
A confederação sindical exige que a cada posto de trabalho permanente corresponda um vínculo efectivo, a revogação das normas da legislação laboral que promovem a desregulação dos horários de trabalho e a fixação do horário semanal nas 35 horas para todos os trabalhadores.
Num momento em que ainda está em discussão o novo regime de reformas antecipadas, a CGTP-IN reforça que esta deve ser possível a partir dos 40 anos de trabalho e que a idade legal da reforma deve regressar aos 65 anos. Actualmente está fixada em 66 anos e três meses e, caso a aplicação do factor de sustentabilidade se mantenha, deve aumentar em um mês no próximo ano.
Nos últimos meses, os trabalhadores de vários sectores e empresas têm dinamizado acções de luta, tanto no sector público como no sector privado, tendo-se registado «resultados nos aumentos dos salários, na redução semanal dos horários e no combate à sua desregulação, no combate à precariedade e à repressão, na defesa dos direitos sindicais e no respeito pelos direitos dos seus contratos colectivos», refere a central sindical.
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