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Com milhões de lucro, DHL propõe aumentos entre 12 e 15 euros

Fugindo às negociações e reunindo com o sindicato para apenas informar sobre decisões tomadas unilateralmente, a DHL deu a conhecer a sua decisão de aumentos salariais que não passam de migalhas para os trabalhadores.

CréditosFriedemann Vogel / EPA

O Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP/CGTP-IN) denunciou junto dos trabalhadores os aumentos salariais insuficientes que a DHL está a querer colocar em marcha. A empresa, que só nos primeiros três meses de 2024 apresentou um lucro de 744 milhões de euros, pretende aumentar os seus trabalhadores em valores entre os 12 e 13 euros.

De acordo com a estrutura sindical, a empresa quer que o salário de entrada dos operários de armazém seja o Salário Mínimo Nacional; que os trabalhadores com um ano de casa ganhem 15 euros acima do mínimo; os trabalhadores com cinco anos de casa recebam apenas mais 13 euros que estes últimos; e que os trabalhadores com 10 anos de casa aufiram mais 12 euros que os que têm cinco anos de casa. 

Na prática, está em causa uma clara desvalorização de quem trabalha na empresa, com a administração da DHL a ignorar o aumento do custo de vida. O CESP acusa a administração de inflexibilidade, denunciando que esta comparece às reuniões com o sindicato apenas com o intuito de informar sobre as suas decisões. 

Apesar dos lucros conhecidos, a administração da DHL afirma que está a passar por«desafios exigentes» e, como tal, tem dificuldades em aumentar salários. A estrutura afecta à CGTP-IN não se dá por vencida, nem compra a desculpa patronal, e exigiu para este ano um aumento de 150 euros por mês para todos os trabalhadores, assim como a valorização das carreiras profissionais. 

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