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Em Abril e Maio trabalhadores da Fiequimetal lutam pelo aumento dos salários

A 10 dias do 1º de Maio, trabalhadores da Indústria de Transformação de diversas empresas avançam em greves pelo aumento significativo dos salários.

Concentração de trabalhadores em greve do Grupo EDP, convocada hoje, 10 de Abril de 2024, pela Fiequimetal/CGTP-IN, enquanto decorre a Assembleia Geral de accionistas da empresa na sede em Lisboa. Nesta assembleia vai ser aprovado um aumento de 15% para a administração que contrasta com o aumento de 3%, abaixo da inflação, para os já salários baixos dos trabalhadores. 
CréditosTiago Petinga / Agência Lusa

A luta pelo aumento dos salários face ao aumento do custo de vida é a principal reivindicação partilhada entre os trabalhadores de cinco empresas que anunciaram greves para esta semana, a nota é dada pela Fiequimetal/ CGTP-IN.

Aapico Maia

A iniciar no dia de hoje, os trabalhadores da Aapico Maia cumprirão 3 dias de greve parcial  durante 2 horas diárias, assim como nos próximos dias 29 e 30 de Abril, exigindo o fim das discriminações salariais. Às 13 horas de hoje, os trabalhadores estiveram concentrados em piquete à porta da empresa na Maia.

A administração da Aapico não tem apresentado qualquer abertura para as negociações acerca do Caderno Reivindicativo de 2024. O problema das discriminações salariais já tinha sido apontado pelos trabalhadores no ano passado, o que à data também despoletou um processo de luta. Com a questão ainda não solucionada, o recém aplicado aumento salarial, em percentagem, acabou por gerar ainda mais desigualdade nos salários, agravando a situação. O incumprimento da Aapico vem em contradição com o compromisso firmado em 2023 para a sua resolução.

DS Smith Paper Viana

Na DS Smith Paper Viana, os trabalhadores vão também partir para greve, uma acção de luta que será uma jornada dupla - do dia 27 até 30 de Abril e depois do 8 e 11 de Maio.

Os trablhadores pedem aumentos salariais significativos para enfrentarem a redução do poder de compra, algo que se vai arrastanto com a inflação que tem fustigado cada vez mais as suas vidas.

ARM - Águas e Resíduos da Madeira

O aumento salarial também é a principal exigência dos trabalhadores da ARM (Águas e Resíduos da Madeira). A proposta do Caderno Reivindicativo inclui a subida dos salários em 17% com mínimo de 170 € e redução do horário de trabalho para as 35 horas semanais de forma efectiva a todos os trabalhadores, sem discriminação.

O último plenário realizado a 9, 10 e 11 de Abril foi marcado dado o descontentamento dos trabalhadores ao tomarem conhecimento da completa recusa das propostas por parte da administração da ARM. O sindicato convocou greves entre os dias 30 de Abril e 2 de Maio caso não haja a apresentação de uma contraproposta do patronato.

Amarsul

O aumento justo dos salários é a principal exigência para a luta dos trabalhadores da Amarsul. A greve dos próximos dias 2 e 3 de Maio foi convocada após a última actualização salarial que não teve em consideração a crescente subida nos custos de vida e a redução no poder de compra dos trabalhadores. A este greve, junta-se ainda uma greve às horas extraordinárias convocada de 1 a 5 de Maio.

EDP

A luta iniciada há alguns meses pelos trabalhadores da EDP continua axtiva com mais um anúncio de greve. Desta vez para o período entre 7 de Maio e 30 de Junho. As reivindicações das Bases Remuneratórias prosseguem após a infrutífera reunião de negociação com o presidente executivo do Grupo EDP, Miguel Stillwell de Andrade no passado dia 15.

A Fiequimetal afirma que todas as exigências dos trabalhadores são justas e viáveis, e como tal há todas as condições para garantir a justa a melhoria das condições de vida de quem trabalha e gera e produz toda a riqueza. 

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