Os enfermeiros, através do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), denunciam que o Governo continua a recusar o pagamento de retroactivos devidos desde Janeiro de 2018, apesar de já terem sido contabilizados os anos de serviço necessários para progressão na carreira.
Segundo o SEP, o Governo tem agido de forma discriminatória ao não aplicar o mesmo critério aos enfermeiros, já que pagou a outras carreiras. Enquanto outros trabalhadores da Administração Pública viram todo o tempo de serviço reconhecido para efeitos de progressão, os enfermeiros continuam a ser prejudicados.
A implementação do Sistema Integrado de Avaliação de Desempenho (SIADAP), que exigia 10 anos de serviço para progressão na carreira, resultou numa perda média de cerca de 1000 euros para cada enfermeiro. Caso o modelo anterior de progressão, que era de 3 em 3 anos, tivesse sido mantido, esses profissionais estariam a receber valores significativamente superiores.
A principal reivindicação do SEP é o pagamento dos retroactivos entre 2018 e 2022, considerados uma «justa compensação» pelo tempo de serviço prestado. Caso o Ministério da Saúde continue a não atender à solicitação, o sindicato acusa o Governo de impor aos enfermeiros o ónus de financiar a futura valorização salarial da classe.
O SEP questiona até quando esta discriminação vai continuar e quantos enfermeiros mais serão prejudicados pela falta de pagamento dos valores devidos.
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