Um comunicado do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP/CGTP-IN) denuncia aquilo que considera ser a «degradação das condições de trabalho» dos trabalhadores por si representados. Segundo o mesmo, a situação dos enfermeiros do Serviço de Urgência no do Hospital de Vila Franca de Xira é alarmante, mas também reflexo de um problema estrutural.
Conforme informa o SEP, os enfermeiros estão no limite e não é caso para menos, considerando a falta de trabalhadores, as condições de serviço que colocam em risco a segurança de prestação de cuidados de enfermagem, mais de 100 doentes internados e uma média de 16 a 17 doentes por enfermeiro.
A estrutura sindical diz mesmo que os enfermeiros «estão no limite da sua capacidade física e mental» dado o elevado ritmo de trabalho, as sucessivas alterações de horário, muitas vezes no próprio dia, os contactos telefónicos nas suas folgas e tempos de descanso e os horários com mais de 50 horas extraordinárias por mês.
Verifica-se, assim, que além da sobrecarga evidente, o próprio tempo de descanso é afectado e a conciliação do trabalho com a vida totalmente desrespeitada. Ante tal, o sindicato defende a criação de condições de trabalho que favoreçam a fixação e contratação de enfermeiros, a harmonização de dias de férias entre Contratos Trabalho em Funções Públicas e Contratos Individuais de Trabalho, a regulação dos horários de trabalho e o respeito pelos tempos de descanso.
Estas reivindicações não são, no entanto, novas. No passado dia 17 de Dezembro, no Hospital de Vila Franca de Xira, realizou-se uma greve com 89% de adesão, sendo que a adesão do Serviço de Urgência foi de 100%, elemento demonstrativo da clara insatisfação sentida.
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