Convocada pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, ontem e hoje realizaram-se dois dias de greve e uma concentração. Os motivos parecem ser evidentes e prendem-se com a falta de respostas do Governo face às reivindicações apresentadas pelos enfermeiros que só vislumbram da parte do Ministério da Saúde rasgos de propaganda.
Depois de uma outra greve ainda este mês, nesta greve e concentração, o SEP denuncia, num momento em que o Ministério da Saúde encerrou as negociações, um conjunto de discriminações relativas ao pagamento dos retroativos em dívida.
Para o Sindicato aponta para as razões da greve a não resolução das injustiças que colocam enfermeiros injustamente posicionados comparativamente aos colegas e o não pagamento de retroativos tal como aconteceu a toda a Administração Pública e aos enfermeiros que descongelaram em 2018 e exige ainda a abertura do processo negocial de alteração ao Decreto-Lei 71/19 sobre a Carreira de Enfermagem, com o objetivo de repor a paridade perdida com a carreira Técnica Superior da Administração Pública e com as carreiras de complexidade de grau III.
O SEP vem assim defender, uma vez que todos os trabalhadores da Administração Pública, à medida que foram progredindo desde janeiro de 2018, foram recebendo pelos novos níveis remuneratórios, haja o mesmo tratamento com os enfermeiros, colocando fim às discriminação.
Na concentração em frente ao Ministério da Saúde foi aprovada uma moção com o objetivo de reiterar as exigências. A moção exige a abertura do processo negocial com vista à reposição da paridade entre a Carreira de Enfermagem e a Carreira Técnica Superior da Administração Pública; o pagamento dos devidos retroativos desde 2018; sejam contados os pontos dos enfermeiros que estiveram ou estão com Contrato Individual de Trabalho nas PPP; que sejam atribuídos pontos ao tempo de vínculo precário, independentemente das interrupções entre contratos; que a todos os enfermeiros Especialistas e Gestores, que transitaram a 1 de julho de 2019 para estas categorias, lhes sejam contados todos os «pontos sobrante»; e que aos enfermeiros com Contrato Individual de Trabalho que, em outubro 2015, auferiam salário superior aos 1201,48 euros lhes sejam contados os pontos.
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