Luís Esteves, dirigente sindical do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas (STFPSSRA/CGTP-IN), informou o AbrilAbril que «ninguém foi hoje trabalhar» e que a escola esteve encerrada até às 9h30. Acrescentou que os trabalhadores estiveram concentrados à entrada da escola durante o período da greve, que decorrerá até dia 10 de Novembro à primeira hora do tempo lectivo.
Esta é uma escola com 25 mil m2 e 17 mil m2 de área coberta, lembra o dirigente sindical, para além de ter recebido este ano mais 300 alunos, chegando assim aos 2000. Luís Esteves afirma que a escola precisaria de, «pelo menos, mais cinco trabalhadores».
«A escola, por exemplo, tem nove laboratórios, que obrigam a uma limpeza aprofundada», refere o sindicalista, lembrando que é uma das maiores escolas do País em área e que há dez anos tinha 30 trabalhadores não docentes e neste momento apenas tem 21.
«Os trabalhadores estão completamente assoberbados de trabalho, o que já está a levar a situações de exaustão», afirma Luís Esteves, dando o exemplo de que a escola tem um total de 70 salas e uma trabalhadora tem a responsabilidade de limpar 14 salas por dia. Sublinha ainda que a escola funciona até às 21h30, havendo trabalhadores não docentes a trabalhar até esta hora.
Segundo o dirigente sindical, será enviado mais um ofício à secretária de Estado Adjunta da Educação, Alexandra Leitão, a expor a situação. Destaca que a nova portaria de rácios «mantém os vícios da antiga», explicando que «quantos mais alunos uma escola tem, menos trabalhadores não docentes», porque vai sempre aumentando o número de alunos por cada trabalhador não docente. «A partir dos 1100 alunos, é um trabalhador não docente para 150 alunos», refere.
Outra questão levantada pela portaria de rácios prende-se com o facto de não haver substituição nas baixas, nomeadamente nas baixas prolongadas. «Há casos de escolas com cinco pessoas de baixa e, oficialmente, para o Ministério da Educação, é como se nada tivesse acontecido», conclui Luís Esteves.
Contribui para uma boa ideia
Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.
O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.
Contribui aqui