Os dados do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP) sobre a adesão dizem respeito ao turno da noite e da manhã e «vai de encontro às expectativas». Os guardas prisionais iniciaram a greve hoje à meia-noite e mantêm a paralisação até à meia-noite de quinta-feira.
Segundo o sindicato, com esta greve, os guardas prisionais têm o objectivo de protestar contra o facto não terem sido tomadas medidas para melhorar a segurança da cadeia desde a fuga dos três reclusos, dois chilenos e um português (este último ainda em fuga), no dia 19 de Fevereiro.
Um dos exemplos apontados pela estrutura sindical é o facto do canavial que existe junto à prisão não ser cortado há muito tempo, o que poderá ter facilitado a fuga daqueles reclusos. Também é referida a deficiência das luzes nas imediações do estabelecimento prisional e o facto de ainda não ter sido implementado um sistema de rádio, para além das câmaras de videovigilância continuarem sem data de instalação.
Os guardas prisionais também se queixam da falta de condições de trabalho e alojamento, dando o exemplo do mau estado das camaratas, com humidade e colchões que não são substituídos há dezenas de anos.
No passado dia 8 de Março, o SNCGP organizou uma vigília em frente da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP), onde os guardas prisionais protestaram contra as declarações do director-geral dos serviços prisionais, Celso Manata, sobre a fuga de reclusos da cadeia de Caxias – em declarações ao semanário Expresso apontava para as hipóteses da fuga se concretizar por corrupção, dolo ou negligência dos guardas.
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