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Continuam as grandes adesões aos protestos

Greve na CelCat acima dos 90%

Está a decorrer o primeiro dia de greve na General Cable CelCat, em Sintra, com uma forte adesão dos trabalhadores, que se concentraram à porta da empresa em protesto por aumentos salariais, reposição de direitos e contra a pressão da administração.

 

Trabalhadores da General Cable CelCat concentrados, em protesto, à porta da empresa
Créditos / SIESI

Luís Santos, dirigente do Sindicato das Indústrias Eléctricas do Sul e Ilhas (SIESI/CGTP-IN), informa que, até agora, a adesão à greve nesta multinacional inglesa de cabos eléctricos esteve «mais uma vez acima dos 90%». Tratam-se de greves de 4 horas – 2 horas no início e no fim do turno – que ainda decorrerão amanhã e sexta-feira.

Uma nota do sindicato lembra que «a direcção mantém a sua atitude inflexível nas negociações», o que levou à decisão, em plenário de trabalhadores, de realizar greve nestes dias.

O dirigente sindical dá conta de que os trabalhadores estão em luta por aumentos salariais e pela reposição de direitos, como o pagamento das horas extraordinárias a 50% ou a reposição dos 25 dias de férias, que são hoje 22.

Luís Santos acrescenta ainda que outro dos motivos da greve são «as atitudes desta direcção, principalmente neste ano, de penalizações aos trabalhadores por tudo e por nada», maior parte das quais sem fundamentação legal. Penalizações que podem estar relacionadas com o acesso para beber café ou comer, com repreensões ou mesmo com perdas salariais, explica o dirigente sindical.

A última greve destes trabalhadores, enquadrada em protestos que começaram há quatro meses, realizou-se nos dias 28, 29 e 30 de Junho. Na concentração realizada hoje, esteve presente o secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos.

Um comunicado da Fiequimetal (CGTP-IN) denunciava ainda que, entre 2014 e 2016, apenas houve «pequenas actualizações dos salários, que nem sequer fizeram face ao aumento do custo de vida».

Para este ano, a gestão da empresa continua a utilizar o argumento dos resultados negativos para negar as pretensões dos trabalhadores, ainda que a produção tenha crescido 43% no ano passado e siga a mesma trajectória este ano, denuncia a Fiequimetal.

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